Barros Alves
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gosta de apresentar-se como defensor da democracia e porta-voz dos oprimidos. Em sua retórica, acusa frequentemente adversários políticos de “nazistas” e “fascistas”. Contudo, quando se analisam suas atitudes na política internacional, especialmente em relação a Israel e ao Hamas, emerge uma contradição profunda e moralmente inaceitável: Lula, ao se solidarizar com um grupo terrorista que promove massacres e nega o direito de existência de um povo, projeta-se perante o concerto das nações com um comportamento que ressoa, de maneira inquietante, os mesmos sons das trombetas nazistas que ele diz combater.
O Hamas não é um movimento de resistência legítima. É uma organização terrorista que promove atentados contra civis, recruta crianças para a guerra e usa inocentes como escudos humanos. Além disso, sua carta fundadora contém elementos de ódio antissemita, similares à propaganda nazista que preparou o terreno para o Holocausto. Quando Lula insiste em relativizar os crimes do Hamas, ou evita classificá-lo como terrorista, ele não apenas se equivoca politicamente, mas reabre feridas históricas. Apoiar ou dar legitimidade ao Hamas é, em termos simbólicos e morais, aproximar-se do mesmo tipo de ideologia que levou à morte seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial. Com efeito, aqueles que apóiam a pregação lulocomunopetista, ingenuamente ou por cumplicidade, estão sacramentando o discurso nazista do líder do Partido dos Trabalhadores do Brasil. Por oportuno, não custa lembrar uma semelhança tenebrosa. O Partido Nazista chamava-se oficialmente PARTIDO Nacional-Socialista DOS TRABALHADORES Alemães. Então, por um desses artifícios do destino, agora sendo explícito com clareza pelos fatos, qualquer semelhança do partido que disseminou o ódio, a violência e a guerra no mundo do século XX, com o partido brasileiro que está no poder, não é mera coincidência.
As declarações de Lula comparando ações de Israel ao nazismo já foram recebidas com indignação por líderes judeus no Brasil e no exterior. Essa retórica não é apenas um erro diplomático: é um insulto à memória das vítimas do Holocausto. Ao equiparar o Estado de Israel, uma democracia construída justamente após a tragédia nazista, ao regime de Hitler, Lula desonra a memória dos milhões de mortos e desrespeita as famílias que carregam até hoje o trauma da Shoah. Hitler pregava abertamente a eliminação do povo judeu; o Hamas declara abertamente o mesmo objetivo: “varrer Israel do mapa”. Lula, ao atacar Israel e silenciar diante do terrorismo, alinha-se a essa lógica perversa.
O líder maior do petismo intenta vender gato por lebre quando diz ser o mais democrata de todos os homens. Porém, ataca Israel, que é uma democracia plural, com eleições livres, imprensa crítica e instituições consolidadas, enquanto fecha os olhos para os crimes do Hamas, um grupo que oprime palestinos, persegue dissidentes e impõe um regime de terror. Essa seletividade revela um duplo padrão moral: condena onde há liberdade e relativiza onde há tirania. Essa postura ecoa o mesmo mecanismo do nazismo: escolher inimigos, demonizá-los e justificar violências contra eles em nome de uma suposta “justiça histórica”.
Em vez de agir concretamente como defensor dos direitos humanos, Lula age como um “nazista às avessas”: não veste a farda marrom, mas repete a lógica de desumanizar o povo judeu, negar sua legitimidade e atacar seu direito à existência. Ele não precisa reeditar Nuremberg para praticar esse gesto; basta chamar Israel de algo próximo ao nazismo e apoiar aqueles que desejam exterminá-lo. Esse comportamento não apenas agride Israel, mas afronta a humanidade inteira, pois a memória do Holocausto não pertence apenas aos judeus, mas à civilização que jurou nunca mais permitir tamanha barbárie.
Finalmente, cumpre deixar patente que ao insistir em criticar Israel de forma unilateral, apoiar o Hamas e banalizar o termo “nazismo”, Lula se apresenta ao mundo não como o líder de um país comprometido com a paz, mas como alguém que reproduz a mesma lógica que sustentou um dos maiores crimes da história da humanidade. É um erro político, moral e histórico. Em vez de ser a voz da reconciliação, Lula tornou-se um porta-voz da distorção, agredindo a memória dos mortos e insultando os sobreviventes. Sua retórica o aproxima, paradoxalmente, daquilo que diz combater: a mentalidade totalitária e desumanizadora que guiou o nazismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário