terça-feira, 13 de setembro de 2011

EU

Sou tempestade e sou também bonança,
Quero e desdenho da mulher amada,
Eu sou o beijo de amor, sou fera irada,
Eu sou a decisão e a esquivança.

Eu sou conservador e sou mudança,
Eu sou o sol e a noite enluarada,
Eu sou o tudo e também sou o nada,
Quando sou velho quero ser criança.

Sou andarilho e também sedentário,
Eu sou o ódio e sou a tolerância,
Eu sou a Bíblia, o Corão e o Rosário.

Sou guerrilheiro de muitas militâncias,
Porém não sou revolucionário.
Eu sou somente as minhas circunstâncias.

domingo, 11 de setembro de 2011

SONETO

Se não vivesses eu sei que morreria,
E os meus dias seriam aziagos,
Só tristeza haveria nos meus pagos,
Só dor em vez de riso e de alegria.

Sem ti só tenho sentimentos vagos
E só a treva da noite se anuncia;
Sem ti, ó meu amor, a quem daria
O calor dos meus íntimos afagos?

Sem ti só há tristeza e solidão
A perpassar os versos que componho
E o meu cantar se faz desimportante.

Mas, o meu mundo contigo se transforma
E à tua vida a minha se conforma,
Princesa minha e minha amada amante.
(11/09/2011)

domingo, 4 de setembro de 2011

Entre a teoria e a prática

O ideal é uma coisa; o factual outra. Descobri a pólvora! Mas, tudo se resume à filosofia do vulgo: a teoria anda sempre bem distante da prática. Alguém pode me dizer em que mundo e em que época a espécie humana não cavalgou a violência? Em todos os cantos ela está presente e nenhum mundo "novo" se fez sem guerra. Até teologicamente a violência é explicada. Se não tivesse havido o deicídio estaríamos fritos, pregamos os cristãos. É a tragédia nossa de cada dia. Se o filho de Deus não tivesse sido massacrado pela maldade dos homens, nada feito!!! No plano político, alguém mais entendido de história do que eu me responda: qual país se tornou uma grande potência sem rapinar? Para fazer esta malinação tem que fazer guerra. É como Voltaire já sentenciava: "Toda guerra é de rapina". E a história da humanidade é uma história de entredevoramentos.