sábado, 28 de maio de 2011

HOMOFOBIA, NÃO! HOMODIAFONIA

Pastor Marcelo Gomes
1ª IPI de Maringá

Por favor,não assuste. Sei que a palavra é estranha. Na verdade, trata-se de um neologismo. Eu mesmo o criei (ao menos, sua digitação nos sítios de busca não acusa qualquer resultado). Estava incomodado com o monopólio da outra. Do jeito que vai o debate, parece que o mundo divide-se entre homossexuais e simpatizantes, de um lado, e homofóbicos, de outro. Não concordo.
Homofobia, do grego “homo” (igual) e “fobia” (medo), significa, literalmente, “aversão, medo ou ódio em relação ao homossexual”. Dito assim, não me considero homofóbico. Não tenho medo, apenas discordo da opção e de sua pretensa legitimidade. Foi como cheguei a Homodiafonia, do grego “homo” (igual) e “diafonia” (dois sons distintos, dissonância, discordância). Significa, literalmente, discordância da opção homossexual. Meu caso. Explico:
1. Como cristão, que reconhece as Sagradas Escrituras como regra única de fé e prática, entendo que devo concordar com o apóstolo Paulo quando sugere que o homossexualismo é pecado e consequência do distanciamento do ser humano em relação a Deus: “por causa disso, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram as relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão” (Romanos 1:26-27).
2. Como cristão, criacionista, isto é, que reconhece na origem do universo a decisão criativa e intencional de Deus, entendo que homens e mulheres foram feitos para um propósito supremo que envolve suas histórias, raças e gênero. Não posso aceitar que um homem, cuja constituição física não lhe faculta o pleno relacionamento com outro homem, ou que uma mulher, para quem ocorre o mesmo, defendam sua opção homossexual como natural. É uma escolha antinatural, que não resulta dos apelos do organismo (o qual não a acompanha) nem de qualquer confissão de fé que apresente um Deus pessoal e soberano (pois pressupõe o acaso ou um tipo de equívoco inicial).
3. Contudo, como cristão, que reconhece a fé como dádiva e a conversão como obra do Espírito, entendo também que as verdades bíblicas e suas implicações práticas não são impositivas, mas um convite à vida em abundância que Deus mesmo concede por sua graça. “Se alguém quiser vir após mim...” – disse Jesus. A igreja não deve se esforçar para obrigar o mundo a viver de acordo com suas convicções (equívoco da cristandade medieval que só produziu guerras e ódio), mas conquistá-lo com amor e testemunho vivo, para que todos vejam como vale a pena andar com Cristo e obedecer aos seus mandamentos. “Não é por força nem por violência...”
4. Como cristão, ainda, que reconhece o direito à vida e à liberdade, desde que não interfira na liberdade alheia, anulando-a, entendo que preconceito, discriminação ...ou perseguição refletem um espírito antibíblico e demoníaco, gerador de contendas e conflitos. Não concordo que a Igreja deva tentar negar aos homossexuais o direito à cidadania e aos acessos comuns a todos, mas também não admito que sua pregação e estilo de vida sejam violentados em nome de uma pseudo-tolerância, uma vez que mostra-se tolerante unicamente com um dos lados interessados. Quero viver numa sociedade onde homossexuais tenham direito de viver como bem entendem e que a Igreja tenha direito de pregar contra todos que vivem como bem entendem, desprezando, assim, a vontade de Deus.
5. Como cristão, que reconhece o poder de Deus para transformar o indivíduo e a coletividade, entendo que tenho o direito de incentivar e apoiar todo homossexual que, rendendo-se aos desafios do Evangelho, assuma que é possível e necessário renunciar a si mesmo e à prática do homossexualismo. Não direi que é doença, nem demônio, nem safadeza (pois, na esmagadora maioria dos casos, não é nada disso), mas que é uma opção contrária àquela que nos propõem as Escrituras, assim como a poligamia, a pornografia, a prostituição, o sexo antes do casamento e tantas outras questões não morais (socialmente, falando), mas espirituais, isto é, que reconhecemos e assumimos como artigos de fé. Um homossexual convertido pode tanto desenvolver uma dinâmica relacional heterossexual quanto tornar-se celibatário por amor a Deus. Tudo é possível ao que crê!
6. Como cristão, que confessa que Deus é amor, sou radicalmente contrário a toda forma de violência contra homossexuais ou quaisquer outros grupos minoritários, incompreendidos ou, simplesmente, diferentes.
7. Enfim, como cristão, que aprendeu com Jesus que piores que aqueles que a religião identifica como impuros e perdidos são aqueles que, religiosos, perderam a capacidade de ouvir a Deus e amar o próximo, digo que nenhum homofóbico, ou racista, ou idólatra, ou avarento, ou arrogante... pode ser um cidadão legítimo do Reino de Deus. Vamos cuidar das traves em nossos olhos antes de apontarmos os ciscos nos olhos alheios.
Por tudo isso, considero-me homodiáfono. Respeito os homossexuais em sua individualidade e sei que há muitos cuja postura e caráter envergonhariam muitos religiosos. No entanto, devo discordar de sua opção e convidá-los ao arrependimento e à autonegação a que tento me submeter diariamente, ainda que nem sempre com sucesso. Deus nos ajudará, ainda que nos faltem a força, os recursos e até as palavras.

terça-feira, 10 de maio de 2011






Juazeiro do "Meu Padim Ciço" completa cem anos de existência como município no dia 22 de julho vindouro. O deputado Heitor Férrer, nascido e criado em Lavras da Mangabeira, cidade que é porta de acesso ao ubérrimo Vale do Cariri, presta uma significativa homenagem ao povo da Meca do Cariri, ao apresentar Projeto de Lei à Assembleia Legislativa, que autoriza o Tribunal Regional Eleitoral a realizar consulta plebiscitária para saber se a população daquele município aceita mudar o nome de Juazeiro do Norte para JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO.

De igual modo, o parlamentar apresentou requerimento ao Presidente da Assembleia solicitando a realização de Sessão Solene na cidade de Juazeiro do Norte, no mês de julho, para que os deputados possam homenagear o povo juazeirense neste ano em que a Terra do "Meu Padim Ciço" comemora seu centenário de autonomia político-administrativa.

Leia a íntegra do projeto de lei sobre a mudança da toponímia de Juazeiro do Norte.


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 01/2011

Autoriza a realização de plebiscito para consultar a população de Juazeiro do Norte se aceita ou não a mudança da toponímia para Juazeiro do Padre Cícero.

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará

DECRETA:

Art. 1º. O Tribunal Regional Eleitoral fica autorizado, com esteio no art. 5º, inciso II, da Constituição do Estado do Ceará, combinado com a Lei Federal nº 9.709, de 18 de novembro de 1998 e com a Lei Complementar Estadual nº 29 de 21 de fevereiro de 2002, a realizar consulta plebiscitária no município de Juazeiro do Norte para consultar a população local se aceita ou não a alteração da denominação oficial para Juazeiro do Padre Cícero.
Art. 2º. Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, em 10 de maio de 2011.

Deputado HEITOR FÉRRER

JUSTIFICATIVA

A existência do próspero município de Juazeiro do Norte, por si, revela a presença grandiosa do Padre Cícero Romão Batista, seu fundador e patriarca. Portanto, é correto afirmar que Juazeiro não existiria se não houvesse a figura do Padre Cícero, cuja história pessoal está definitivamente ligada à formação sócio-econômico-cultural e, sobretudo, religiosa daquele município.
A grandiosidade do município caminha pari passu, ao longo da história, com a personalidade extraordinária do taumaturgo, cuja atuação política fê-lo respeitado e obedecido não apenas nos sertões adustos do Ceará e no Vale Caririense, mas em todo o Estado. De outro modo, e de forma que suplanta a racionalidade de um positivismo estéril, a figura do Padre Cícero alteia-se com a áurea mística que norteia a vida dos santos e, mercê de suas atitudes de bondade, caridade e obediência plena aos preceitos da Igreja Católica no cumprimento dos ditames do Cristianismo, aquele homem cuja humildade é por todos os historiadores reconhecida, alcançou a graça das imensas populações sertanejas e nordestinas, as quais o veneram como um intercessor de suas angústias e reivindicações junto ao Pai Eterno.
Este Juazeiro é o resultado concreto da luta cotidiana do Padre Cícero Romão Batista, que durante toda a vida dedicou-se exclusivamente a minorar a dor das populações que para lá acorriam e lá se instalavam, construindo uma comunidade que se tornou o centro sócio-econômico e cultural mais importante do Ceará depois da capital.
É para este Juazeiro que acorrem ainda hoje, movidos pela fé no “Meu Padim Ciço”, mais de 3 milhões de romeiros a cada ano, especialmente nos meses de julho e novembro, em visitação ao túmulo do santo nordestino, defensor dos pobres e excluídos junto ao Pai Eterno.
Pároco da Vila de Juazeiro, fundador do município, líder político e religioso de ímpares virtudes, mercê das quais a atitude respeitosa do povo passou à veneração, aquele pároco de aldeia transformou-se numa das figuras mais importantes da História Política e Religiosa brasileira, a ponto de cerca de 70 anos depois de sua morte, já agora na Era Digital, ser aclamado O CEARENSE DO SÉCULO em votação avassaladora do povo do nosso Estado, ultrapassando pela escolha nomes muito importantes da história contemporânea.
Por tudo isto que o Padre Cícero representa para o povo juazeirense, e o que mais de valorativo na vida do Padre não foi dito, é que julgamos de inegável justiça transformar o Juazeiro do Norte em JUAZEIRO DO PADRE CÍCERO, até porque não existe sertanejo que se dirija em romaria à Meca do Cariri sem que diga estar indo à TERRA DO MEU PADIM ou ao JUAZEIRO DO MEU PADIM.
Em assim sendo, requeiro que meus pares desta Augusta Casa Legislativa aprovem esta proposta legislativa.

Deputado HEITOR FÉRRER

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Seja um bom advogado

1- ponha-se no lugar de seu cliente, sempre;

2- se interesse pelo seu cliente, pelo seu problema, pela sua causa;

3- não fale ao seu cliente aquilo que você não tem certeza;

4- não prometa nada ao seu cliente que não dependa de você;

5- se o seu cliente estiver errado, diga a ele, corajosamente;

6- fique sempre ao lado da lei, mas defenda o seu cliente naquilo que a lei lhe proporciona;

7- ligue para o seu cliente e troque informações;

8- nunca misture trabalho com amizades;

9- não pense em ganhar dinheiro, procure trabalhar bem e ajudar;

10- lembre-se: nas questões internas das famílias há os errados e os certos;

11- lembre-se: não há nada que justifique um crime, até mesmo as ações funestas das maiores injustiças;

12- lembre-se: o pior criminoso é aquele que acha que não errou;

13- por pior que tenha sido um crime, sempre há uma possibilidade de existir uma forma legal de reparação, em parte as vezes, embora que tardiamente;

14- advocacia é um sacerdócio e somente uma consciência limpa e tranqüila permitirá que o bom advogado caminhe livremente entre Deus e o Diabo sem ser dominado e acorrentado por esse último.