terça-feira, 28 de setembro de 2010

Uma república sem sentido


Vejo que não estou no caminho errado quando defendo o sistema parlamentarista monárquico de governo. Agora, mais do que nunca, a monarquia moderna, parlamentarista e democrática é um regime que merece a mais entusiástica defesa moral. São as monarquias modernas (Japão, Inglaterra, Espanha, Suécia, Dinamarca, Noruega etc etc etc)as nações confiáveis econômica e politicamente.

E a notícia que merece atenta analogia mais dá razão aos que somos defensores da monarquia parlamentarista. Vejam:

"38.000.000 (trinta e oito milhões) de libras, o equivalente a 100 milhões de reais, é o quanto a Rainha Elizabeth II recebe por ano do Tesouro inglês. Em 2006 a monarca permitiu que as despesas da família real passassem a ser controladas pelo governo, que pode até suspender os repasses anuais" (VEJA, 29/09/2010).

AGORA VEJAM A BOMBA E COMPAREM:

"Nos oito anos do governo Lula, a estrutura da Presidência da República mais do que dobrou seu orçamento, que passou de R$ 3,7 bilhões no final do governo FHC para R$ 8,3 bilhões.

O aumento das verbas reflete o inchaço da estrutura diretamente vinculada ao presidente. Houve significativa multiplicação de cargos, segundo a Folha de S.Paulo, com correspondente crescimento de poder. O quadro de pessoal é 250% maior hoje.

No gabinete presidencial, de acordo com a distribuição das verbas orçamentárias, está o núcleo do poder no governo Lula. Faz parte dessa estrutura, por exemplo, a Casa Civil, ocupada até recentemente pela candidata à Presidência Dilma Rousseff.

A Presidência também concentra atualmente as verbas de publicidade oficial, sob a gestão direta da Secretaria de Comunicação Social. Antes, essas verbas eram distribuídas entre os ministérios."

Quer dizer, um país rico, de primeiro mundo, estável política e economicamente, gasta com o seu chefe de Estado 100 milhões de reais. Enquanto isto, o Brasil, pobre, engatinhando em busca de ter um lugar ao sol no contexto das grandes nações, governado por um analfabeto com mania de grandeza, que vive mentindo para a sociedade e enganando a massa ignara com migalhas e bolsas-esmolas, gasta uma centena de vezes mais para manter um obtuso na presidência desta pátria amada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Manifesto em defesa da liberdade de Imprensa


O jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, discursa no ato público em defesa da liberdade de Imprensa


Juristas que marcaram sua trajetória na luta pela preservação dos valores fundamentais lançaram ontem nas Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo, o Manifesto em Defesa da Democracia, com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O palco para o ato público foi o mesmo onde, há 33 anos, o jurista Goffredo da Silva Telles leu a Carta aos Brasileiros, contra a tirania dos generais.

O agravo em 43 linhas condena o presidente Lula, que, na reta final da campanha à sua sucessão, distribui hostilidades à imprensa e faz ameaças à liberdade de expressão e à oposição.

Uma parte do pensamento jurídico e acadêmico do País que endossou o protesto chamou Lula de fascista, caudilho, autoritário, opressor e violador da Constituição. O presidente foi comparado a Benito Mussolini, ditador da Itália nos anos 30. "Na certeza da impunidade (Lula), já não se preocupa mais nem mesmo em valorizar a honestidade. É constrangedor que o presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas 24 horas do dia", disse Hélio Bicudo, fundador do PT, do alto do púlpito da praça, ornada com duas bandeiras do Brasil.

Sob o sol forte do meio-dia, professores, sociólogos, economistas, intelectuais, escritores, poetas, artistas, advogados e também políticos tucanos cantaram o Hino Nacional. Muitos dos presentes ao ato público de ontem estavam no mesmo local em agosto de 1977 para subscrever a Carta aos Brasileiros.

FERIAS CID GOMES E CIRO COM DINHEIRO PUBLICO

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Paulada na imprensa

Eliane Castanhêde, da Folha de São Paulo

De Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente com 80% de popularidade: "Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública!".
Vale tratados de sociologia, história, política, comunicação e psicologia, mas o espaço aqui só é suficiente para reconhecer que ele tem razão, depois da política desenfreada de ocupação da informação e da mídia exercida pelo governo.
O Planalto usa a TV pública ilegalmente na campanha de Dilma, tem blog sem autoria para disseminar o que quer e planta em rádios e jornais do interior peças de propaganda travestidas de noticiário.
Tem mais: o BB, a CEF e a Petrobras fazem campanha subliminar pró-Lula e pró-Dilma na TV, e a imprensa regional está dominada pela publicidade federal. Sem contar o incomensurável espaço que Lula teve na mídia nestes oito anos, falando o que bem entendia, contra ou a favor do que bem queria.
O resultado é que Lula é a opinião pública mesmo. E como não haveria de ser? Não importa a barbaridade que diga, a sua verdade se dissemina como verdade nacional. Os fatos? Danem-se os fatos, o que vale é a versão de Lula.
Não satisfeito, ele e agora Dilma agridem ao vivo o derradeiro bastião democrático de crítica, provocação e cobrança -a imprensa. Lula bufando, de um lado para o outro num palanque em Campinas, e Dilma estrebuchando no Rio, dispensando até a barreira de microfones que vem usando na campanha.
Mais pareciam derrotados, e os marqueteiros devem estar furibundos. Um trabalhão danado para produzir a candidata, e a maquiagem borrou. Dilma como ela é.
Tudo porque foi a imprensa livre que expôs aos brasileiros um centro de corrupção justamente na Casa Civil, onde foi construída a candidata Dilma e fabricado o inexplicável poder de uma tal Erenice.
Pensando bem, Lula e Dilma têm razão: a imprensa incomoda muito, tanto quanto a verdade dói.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O PT já nasceu corrompido

No início deste ano (janeiro) o filósofo Olavo de Carvalho, residente nos Estados Unidos, concedeu entrevista a Sionei Ricardo Leão, do Jornal de Brasília. Pela pertinência e (infelizmente) atualidade do tema transcrevemos o texto abaixo:

Os escândalos que atingiram recentemente o DEM em Brasília e o PT na época do Mensalão são resultado de uma degradação da moral e da intelectualidade nacional que vem ocorrendo há duas décadas no País, analisa o filósofo Olavo de Carvalho. "Se o Brasil ficar assim mais cinco anos, ele não se levantará nunca mais". O filósofo concedeu esta entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília por telefone, de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, onde mora desde 2005. Na Academia, Olavo de Carvalho é considerado um crítico impiedoso das esquerdas brasileiras. Para ele, o Partido dos Trabalhadores enganou a sociedade.

"O prestigio do PT cresceu pelo discurso de combate à corrupção. Mas a máquina de corrupção do partido já estava sendo montada há muito tempo". Nessa avaliação, ele aponta que, no quadro partidário atual, o eleitor não tem opção, pois faltam candidatos que consigam ou sejam interessados em representar os anseios do povo brasileiro, que "é profundamente conservador, sobretudo no aspecto social".

Da mesma maneira, ele considera que há um monopólio de pensamento político no Brasil. "Isso não pode acontecer num país". Os desafetos de Olavo de Carvalho o classificam de direitista convicto ou até reacionário, rótulo que ele desdenha. "Qual é o problema de ser de direita? É proibido? Não tem sentido você proibir a direita e ao mesmo tempo falar em pluralismo democrático. Em todos os países, há esquerdas e direitas. Agora, com quem vou debater isso no Brasil? Com pessoas indignas, cuja obra intelectual é zero? Imagine se eu vou querer que essas pessoas me respeitem ou me reconheçam!"

Nos EUA, o filósofo ocupa o tempo com um curso de Filosofia a distância que tem adesão de vários alunos brasileiros. Ele também está preparando uma publicação sobre o pensador Mário Ferreira dos Santos.

* * *

Jornal de Brasília - O PT durante anos brandiu a causa da ética. Ao chegar ao poder foi desgastado pelo escândalo do mensalão. O DEM passou a levantar a mesma bandeira, mas foi tragado com o caso de Brasília. A defesa da ética tem alguma maldição?

Olavo de Carvalho - Em primeiro lugar, o prestígio do PT cresceu pelo discurso de combate à corrupção, mas a máquina de corrupção do partido já estava sendo montada enquanto isso acontecia. Tanto que foi organizado um serviço de inteligência privado do PT, que ficou conhecido como PTPol. A coisa foi denunciada pelo governador Esperidião Amin (Santa Catarina), mas nada se investigou depois. Em 1993, quando houve aquela famosa CPI da Corrupção, a máquina já estava montada, já fazia três anos que o PT fundara o Foro de São Paulo, associando-se a organizações de traficantes e seqüestradores como as Farc (Força Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Mir chileno ao mesmo tempo em que, em público, pregava a moral e os bons costumes. Todo aquele combate aparentemente moralista era para encobrir o esquema. O PT foi o partido que mais enganou a população, pois ele já nasceu corrompido. Em segundo lugar, a decadência moral dos partidos acompanha a decadência geral do Brasil, que se aprofundou muito nos últimos 20 anos.

JdeB - Para o senhor a desmoralização partidária é então resultado de um processo mais amplo?

OC - A decadência não se dá apenas no aspecto moral, ela aconteceu intelectualmente. Nossos estudantes invariavelmente tiram os últimos lugares nos testes internacionais, abaixo de gente que vem de países muito mais pobres. Note que a produção de trabalhos científicos no Brasil aumentou bastante nos últimos anos. Mas as citações de pesquisas internacionalmente diminuíram muito, mostrando que a produção nacional tem cada vez menos valor para o progresso da ciência no mundo. A produção de trabalhos científicos tornou-se mera empulhação quantitativa para facilitar a caça às verbas. Compare o Brasil dos anos 50 a 70 com o atual. Tínhamos então uma infinidade de escritores e pensadores de nível mundial. Hoje, "intelectual" é o Jô Soares, é o Luís Fernando Veríssimo, é o Emir Sader. É comparar Atenas com a Baixada Fluminense. No campo moral, até se você usar como referência líderes de esquerda do passado como Carlos Marighella e Luiz Carlos Prestes, não há qualquer menção de que eles tivessem se envolvido com negociatas, com corrupção. Tanto que recentemente houve o episódio de a filha do Prestes negar-se a receber qualquer indenização do Estado, porque para ela isso mancharia a imagem do pai. Até os esquerdistas eram mais decentes naquele tempo. Agora, esse pessoal que está aí, descaradamente, assalta os cofres do Estado. Eles também apelam à violência. Veja as mortes dos prefeitos de Santo André e de Campinas.

JdeB - Há luz no fim do túnel em outras legendas partidárias?

OC - Os outros partidos são cúmplices. Hoje não se pode falar de esquerda e de direita, o que se tem é um sistema único. Destruíram o quadro partidário do Brasil.

JdeB - O senhor defende que a polarização entre direita e esquerda ficou no passado?

OC - O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O Partido Democratas foi inspirado na esquerda americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador.

JdeB - Como o senhor classifica o eleitor brasileiro? Desinformado e provinciano ou consciente, engajado, universalista?

OC - O povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social. É maciçamente contra o aborto, o feminismo radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo: estão todos comprometidos com os lobbies bilionários que protegem esses movimentos.

JdeB - Então a seu ver, falta hoje no quadro partidário quem traduza ou represente politicamente o pensamento da sociedade?

OC - Não há candidato que defenda os valores em que o povo acredita. Aí fica esse vácuo. E a nossa suposta direita está mais interessada em comer dinheiro do governo. Se só há candidatos de esquerda, então o eleitor vai votar em quem? Durante as eleições, os candidatos camuflam o seu radicalismo, mas depois de eleitos, quando se sentem firmes no poder, tiram a máscara. Na eleição seguinte, o contingente de eleitores novos não sabe o que se passou e confia de novo em candidatos que já enganaram a geração anterior.

JdeB - Por que os brasileiros votam em pessoas, em lugar de partidos?

OC - O discurso dos partidos não é nítido. Numa eleição na Inglaterra, por exemplo, você tem uma direita e uma esquerda bem definidas. Você sabe quem é quem. Aqui nos Estados Unidos ninguém ignora que a Hillary Clinton é de esquerda, que o Glenn Beck é de direita, tal como todo mundo sabia que Ronald Reagan era de direita e Jimmy Carter era de esquerda. Apesar disso, nas últimas eleições, os americanos parecem que copiaram o Brasil: a postura dos democratas e dos republicanos foi igual, os candidatos ficaram jogando confete um no outro.

JdeB - Há algum otimismo de sua parte quanto ao futuro do quadro político brasileiro, o senhor acredita em melhoras?

OC - Poder melhorar sempre pode. Mas depende da ação humana. O nível de coragem política diminuiu assustadoramente no Brasil. As novas gerações são muito covardes. Se o Brasil ficar assim mais cinco anos, ele não se levantará mais. Veja o caso do filme que foi lançado sobre a biografia do Lula. Se aqui o governo financiasse um filme sobre a vida do Obama, isso daria em impeachment. No Brasil, a realização do filme do Lula não gerou nenhum protesto organizado. A reação está vindo do povo, que não vai ver o filme no cinema.

JdeB - No seu modo de ver, como se dará à disputa entre a ministra Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nessas eleições presidenciais?

OC - Os dois candidatos vão promover um campeonato de esquerdismo. Como o Serra tem alguns aliados conservadores, talvez ele venha com um discurso mais moderado, e sua eleição dê uma folga para que a direita possa se reconstruir, se ainda houver nela alguém interessado mais nisso do que em bajular a esquerda e participar do banquete de verbas públicas.

JdeB - Para o senhor a ausência de discursos e de programas de direita empobrece a política brasileira?

OC - O que o Brasil tem é um unipartidarismo disfarçado. Fui contra a exclusão da esquerda, durante o regime militar, como hoje sou contra a exclusão da direita. A normalidade do sistema deve estar acima das preferências partidárias, mas a esquerda se colocou acima do sistema, engoliu o Estado e o transformou em instrumento do partido. Note que nem mesmo os militares fizeram isso: no Parlamento, na mídia e nas cátedras universitárias havia mais esquerdistas naquele tempo do que direitistas hoje. Os milicos foram autoritários, mas não totalitários. Hoje estamos caminhando para o totalitarismo perfeito e indolor.

MEU COMENTÁRIO - Serra até que tentou agradar a esquerda, passando a mão na cabeça de Lula e até colocando-o em seu programa televisivo. Não deu certo. Voltou a atacar a camarilha petista, mas ao queparece já era tarde demais. Serra é, de fato, um melancia: verde por fora e vermelho por dentro.

Contra a legalização da sodomia

Leonardo Przybysz

Crescente e corajosa reação de fileiras católicas na Polônia tem colocado sérios obstáculos à corrupção dos costumes. Destaca-se a oposição ao homossexualismo.
Cracóvia — A Associação pela Cultura Cristã Padre Piotr Skarga tem liderado na Polônia a reação contra a investida do lobby homossexual que propugna a legalização da sodomia. Em dezembro de 2003, publicou um manifesto de página inteira no diário de circulação nacional “Rzeczpospolita”, sob o título Legalização da homossexualidade, desafio lançado à Polônia cristã, documento esse enviado a todos os bispos, deputados e senadores poloneses.

Em decorrência principalmente da reação dos simpatizantes da referida associação, disseminados por toda a Polônia, malograram as manifestações públicas organizadas pelo movimento homossexual em Cracóvia e Poznan. A manifestação de Poznan não conseguiu percorrer 100 metros; a de Varsóvia, diante dos protestos da população, não se realizou devido à proibição pelo prefeito da cidade.

* * *

Mais recentemente, face à possibilidade de o projeto ser aceito pelo Senado, 380 funcionários do registro civil, por iniciativa da Associação Piotr Skarga, enviaram protestos aos presidentes da câmara e do senado, dizendo que, como católicos, não poderiam, em consciência, aprovar a realização de tais “casamentos”. Meio à sorrelfa, o Senado aprovou o projeto, que deve voltar à Câmara dentro de alguns meses.


Praça central de Cracóvia

Nos primeiros dias de janeiro último, a Associação Piotr Skarga organizou um protesto contra a permissão do prefeito de Cracóvia para a realização, na sede do conselho municipal, de uma conferência contra a “discriminação de minorias”, organizada pelos lobbys homossexuais daquela cidade polonesa e de Nuremberg (Alemanha), com a presença de 33 alemães, um deles conselheiro municipal dessa localidade. Para evitar a obrigação de explicar-se diante dos inúmeros protestos dos correspondentes da Associação Piotr Skarga, a secretaria da prefeitura de Cracóvia simplesmente tirou os telefones do gancho...

Quem pagou as despesas de transporte, hospedagem e alimentação desses 33 anti-apóstolos, que foram a Cracóvia propagar o vício? A caixa da União Européia! Será que tal caixa pagaria as despesas de 33 poloneses, católicos fervorosos, para pregar os bons costumes e a moral católica em Nuremberg?

Veja:
http://www.catolicismo.com.br

Ataque e vandalismo contra a Cúria da Paraíba

Dom Aldo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, escreveu dois artigos contra o plebiscito pela limitação do tamanho das propriedades rurais. Veja o que aconteceu, relatado pelo próprio Arcebispo.

***

Aproveito para relatar o fato ocorrido por ocasião do "grito dos excluídos", na tarde do dia 1º/09 pp. Em frente à Cúria Metropolitana, um pequeno grupo de manifestantes leu um texto com expressões agressivas à minha pessoa, referindo-se a um artigo meu sobre o limite de propriedade.

Embora fossem poucos, se apresentaram como representantes de 50 entidades, algumas citadas no texto lido, publicado pela "Adital", internet.

Entre os poucos manifestantes pode-se reconhecer pelas fotos, alguns membros da CPT e um assessor de deputado do PT, candidato à reeleição, num carro de som, comandando palavras de ordem.

Numa atitude de vandalismo, toda a fachada artística e patrimonial da Cúria foi pichada com frases de protestos e reivindicações. Da Cúria se dirigiram à Procuradoria da Justiça do Estado (PB) onde tentaram pichar também aquele prédio.

Foram impedidos por policiais. Documentamos as frases. Exigem a liberalização do aborto e o limite de propriedade. Dispensam-se comentários.

A Igreja defende e promove a vida e a família! O artigo 5º da Constituição Federal vincula ao direito de propriedade, o direito à vida e sustento da família, através do trabalho.

É estranho notar como certos militantes dos movimentos sociais, de organizações populares, de partidos políticos (etc.) em tese, defendem a democracia. Na prática não admitem opiniões opostas que contrariam seus intentos. Temem e tentam reprimir a liberdade de expressão.

Com a minha gratidão, aqui vai a reflexão sugestiva. Aprofundemos nossas reflexões a partir da Palavra de Deus, do Catecismo da Igreja Católica e do Compêndio da Doutrina Social da Igreja, que abordam os assuntos como estes, eqüidistantes de ideologias partidárias.

Fiquemos ao lado de Jesus Cristo e seu Evangelho para estarmos sempre mais do lado do povo e ao serviço de todos!

+ Aldo di Cillo Pagotto,
Arcebispo Metropolitano da Paraíba

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Hegemonia Gramsciana

Por Renildo Queiroz

Para quem talvez ainda, não conheça a estratégia do doutrinador italiano, ativista político e filósofo Antonio Gramsci, é bom deixar bem claro, pelo menos em poucas palavras, o que ele preconizava.
Segundo o líder comunista, falecido em 1937, após passar anos na cadeia elaborando sua estratégia, ainstauração de um regime comunista em países com uma democracia e uma economia relativamente consolidadas e estáveis, não podia se dar pela força, como aconteceu na Rússia, país que sequer havia conhecido a revolução industrial quando foi aprisionada pelos bolcheviques.

Seria preciso, ao contrário, infiltrar lenta e gradualmente a idéia revolucionária, (sem jamais declarar, que isso estava sendo feito), sempre pela via pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, por sinal, representam a grande maioria da população. O objetivo somente seria atingido pela utilização de dois expedientes distintos: a hegemonia e a ocupação de espaços.

A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela análise de situação, de modo que quando o Comunismo tiver tomado o Poder, já não haja qualquer resistência. Isso deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo intelectual coletivo (o partido), que as dissemina pelos intelectuais orgânicos (ou, formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte, como professores principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população.

É essa hegemonia, já adredemente fabricada, que faz com que todos os brasileiros, independentemente da idade, da condição sócio-econômica e do grau de instrução que tenham atingido, pensem de maneira uniforme sobre todo e qualquer assunto, nacional ou internacional. O poder de manipulação é tamanho que até mesmo o senso crítico fica completamente imobilizado, incapaz de ajudar o indivíduo a analisar as questões de maneira isenta. Os exemplos são numerosos: do desarmamento, ao aborto, da guerra do Iraque à eutanásia, do movimento gay às políticas sociais, do racismo ao trabalho escravo, da inculpação social pelos crimes individuais à aceitação do caráter social de movimentos comprovadamente guerrilheiros (FARC, MST, MLST, MIR, ETA, etc.), todos eles visando destruir, por completo, valores que a sociedade tinha entranhados em sua alma, mas que, justamente por isso, não servem aos interesses do partido. É que esses valores representam um conjunto de virtudes diametralmente opostas aos conceitos que o partido deseja inserir no corpo social e que servirão de embasamento para as transformações que pretende implantar. Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões, atinge-se o que Gramsci denominava superação do senso comum, que outra coisa não é senão a hegemonia do pensamento.

Cada um de nós passa, assim, a ser um ventríloquo a repetir, impensadamente, as opiniões que já vêm prontas do forno ideológico comunista. E quando chegar a hora de dizer agora estamos prontos para ter realmente uma democracia (que, na verdade, nada mais é do que a ditadura do partido), aceitaremos também qualquer medida que nos leve a esse rumo, seja ela a demolição de instituições, seja ela a abolição da propriedade privada, seja ela o fim mesmo da democracia como sempre a entendemos até então, acreditando que será muito normal que essa volta à pseudo-democracia, se faça por decretos, leis ou reformas constitucionais. Afinal, Hitler, também não foi eleito pelo povo e não passou a ditar normas legais? É exatamente a superação do senso comum, que fez com que todos acreditassem piamente que a contra revolução de 1964, não passou de um ato impensado dos Militares que, à falta do que fazer, decidiram implantar uma ditadura. Como uma única palavra não foi dita sobre a ditadura que esses mesmos comunistas estavam praticamente conseguindo implantar naquela época (como haviam tentado em 1935 e como voltariam a tentar entre o final dos anos 60 e meados dos 70), ficou impossível ao brasileiro médio compreender que a intervenção das Forças Armadas veio justamente impedir que aquela desgraça se concretizasse. E, se elas não intervém também agora, é porque o povo, já completamente anestesiado, não tem nem forças para ir às ruas exigir tal providência.

É exatamente essa hegemonia de pensamento, que pôde imprimir nos brasileiros a idéia de que só o Estado pode resolver seus problemas mais comezinhos, o que tem causado um gigantismo antes nunca visto, com o crescente aumento da carga tributária para sustentá-lo. A cada dia são criadas mais delegacias especializadas, mais conselhos, mais isso e mais aquilo para controlar e fiscalizar as ações de cidadãos, antes livres. É exatamente ela, a hegemonia gramsciana, utilizada pelo PT que inculcou em todos os cidadãos a crença de que os sem-terra foram massacrados, pela Polícia Militar em Eldorado do Carajás, no Sul do Pará, quando na verdade a fita de vídeo original, contendo a gravação do episódio, mostrava claramente que eles agiram em legítima defesa diante de um número muito maior de sem-terras que, armados com foices, enxadas e até mesmo revólveres (como aparece naquela fita), avançou para cima dos policiais. É exatamente isso que fez espalhar a crença de que os fazendeiros são todos uns malvados e escravizadores de pobres trabalhadores indefesos, servindo, assim, de embasamento para que, em breve, o direito à propriedade seja eliminada da Constituição, se nela for encontrado algum tipo de trabalho escravo, cuja definição legal nem mesmo existe.

É exatamente isso que autorizou todos os brasileiros a imaginar que o Brasil é um país racista, a despeito de contar com o maior número de mulatos do planeta e de jamais ter sido registrado um único caso de desavença entre negros e brancos por causa da raça, como acontece nos Estados Unidos e na África do Sul. E é também graças à força da hegemonia, que ninguém parou para pensar que todas as desavenças já havidas entre negros e brancos entre nós, iniciaram-se por motivos fúteis, que vão do futebol à briga por ciúmes, muitas vezes regadas a uma boa caninha, nada tendo a ver com a cor da pele, já que também ocorrem da mesmíssima maneira entre indivíduos da mesma raça. Evidente que, depois do que estou escrevendo, nada impede que se fabrique uma briga por causa da raça, com notícias em todos os jornais, para servir de prova do racismo por aqui. Isso nada mais seria do que o intelectual coletivo, agindo para o bem de sua própria causa.

É exatamente essa superação do senso comum, que fez com que a maioria acreditasse que as armas de fogo matam mais do que os acidentes de trânsito ou a desnutrição crônica infantil, malgrado os índices infinitamente superiores de mortes por estas duas causas, sem que medida alguma seja tomada para eliminá-las ou diminuí-las e sem que nenhuma propaganda incisiva seja feita para alardear tais descalabros. A maciça propaganda do desarmamento foi, portanto, uma mentira descarada que salta aos olhos dos que realmente os têm. É exatamente isso que fez com que todos odiassem Bush e os norte-americanos e, inversamente, amassem de paixões Fidel Castro – Hugo Chavez, e vissem os terroristas iraquianos como meros resistentes contra o imperialismo americano. É exatamente isso que permitiu a crença de que João Paulo II era um retrógrado e um genocida, e que Maria Madalena, fora amante de Jesus, como descobriu o escritor, Dan Brown. É exatamente isso que fez com que todos pensassem que o Comunismo acabou, com a queda do Muro de Berlim e a desintegração da União Soviética, quando na verdade ele está hoje mais vivo do que nunca, principalmente em nosso continente, é só querer ver. É exatamente isso que faz com que todo mundo se escandalize com assassinatos de fiscais do trabalho, como ocorrido em Unaí, ou de Irmã Dorothy, no Pará, só para ficar em exemplos mais recentes. Essa escandalização foi sutilmente preparada para que todos os despreparados ficassem indignados com tamanha brutalidade, como se esta tivesse sido o resultado de uma reação iníqua à cândida e legal atuação do Estado ou de ONGs a ele atreladas.

É exatamente isso que permite que aceitemos, como a coisa mais natural do mundo que se chame chacina a morte de dois ou três sem-terras, enquanto que a morte de dois ou mil fazendeiros continuará sendo chamada de morte, simplesmente. E tem sido exatamente isso, enfim que permite várias outras opiniões uniformes que não passariam pelo crivo do juízo crítico caso ele ainda encontrasse forças para entrar em ação. Mas como encontrar forças com tamanho rolo compressor a aplainar toda e qualquer opinião sobre o que quer que seja? Daí a facilidade com que chavões do tipo justiça social, cidadania, construção de uma sociedade justa e igualitária, direitos humanos, etc., que só servem para estimular a velha luta de classes proposta por Marx e Engels, em seu Manifesto Comunista – 1848, passaram a habitar o imaginário popular. Afinal, são eles, os comunistas, que não desistem nunca!

A outra técnica Gramsciana, amplamente utilizada pelo PT é denominada de ocupação de espaços. Já dava mostras tão evidentes de visibilidade entre nós, com a nomeação de mais de 20 mil cargos de confiança pelo PT, em todo o território nacional (só para cargos federais), que nem mesmo precisaria ser novamente denunciada. O que faltava, entretanto, era fazer a conexão com a primeira técnica – a hegemonia.

Ora, sabendo que a superação do senso comum é tarefa dos intelectuais orgânicos importa reconhecer a necessidade de que eles estivessem em toda parte como erva daninha. Daí a nomeação, pelo intelectual coletivo, para todos os escalões do desgoverno petista (federal, estaduais ou municipais), de pessoas alinhadas com a ideologia do partido. Não foi à toa que o presidente Lulla, colocou nos ministérios vários derrotados pelo povo nas eleições estaduais e municipais como: Olívio Dutra, Tarso Genro, Humberto Costa, além de outros que de há muito estão comprometidos com o Comunismo, inclusive com vinculações internacionais. Basta ver como e o quê aconteceu e acontece no Foro de São Paulo e no Fórum Social Mundial, bem como quem são os seus patrocinadores e entidades integrantes, sabidamente criminosas.

A conclusão é tão lógica e óbvia, que chega a ser surpreendente que a ela ainda não tenham chegado todos os brasileiros, principalmente muitos daqueles que ostentam diploma de doutor e que têm, por isso mesmo, a obrigação moral de alertar seus compatriotas. Só se pode entender sua adesão incondicional às táticas gramscistas por uma de duas razões: ou porque, apesar de doutores, são, na verdade, ignorantes da pior espécie, deixando-se levar por uma esparrela dessa, ou porque estão a serviço da engenhoca. Não há outra explicação!

O Brasil talvez seja o País no mundo onde a estratégia gramscista de tomada do poder utilizada pelo PT, mais se encontra avançada. A eleição de Lulla, é apenas mais um passo numa estratégia muito mais densa. Basta olharmos com olhos críticos, as últimas eleições para percebemos que tudo não passou de um jogo de cartas marcadas, pois acima da disputa entre os candidatos estava a intenção da esquerda em se manter ´hegemônica, o que teria acontecido caso a vitória tivesse pertencido a José Serra, a Anthony Garotinho ou até mesmo a Ciro Gomes. O Brasil atualmente não possui uma oposição política onde impere a pluralidade de idéias, estamos atolados na unanimidade dos desesperados, a prova disto é que a esquerda se radicaliza cada vez mais, transformando seus expoentes sagrados em caricaturas de seus antigos oponentes, nada pode ser mais patético do que o consenso que existe no País de que Fernando Henrique Cardoso é um neoliberal ou das afirmações recentes do atual presidente, de que ele nunca se disse de esquerda.

O que é ainda mais demonstrativo do atual avanço da Revolução Gramscista, utilizado pelo PT no Brasil, é que a consciência individual está sendo substituída pela idéia do politicamente correto e do relativismo moral, os exemplos são gritantes: Sem-Terras armados invadindo fazendas produtivas e grandes empresas multinacionais de pesquisas são vítimas; fazendeiros ao se defenderem são criminosos; os traficantes que estão incitados numa guerra civil no Rio de Janeiro e São Paulo, são vítimas do sistema, sequer chegam a ser culpados; nós, os cidadãos que respeitamos as Leis, também devemos ser um pouco responsabilizados por estes atos (assim nos diz a mídia, todos os dias); os padres que falam contra o aborto e o homossexualismo são monstro comedores de crianças, os ditos freis que embalados na teologia da libertação, afirmam que Cuba é o paraíso na terra, não importa os dezessete mil mortos, são expoentes máximos da cristandade. Analisem agora friamente e com a razão essa afirmativa: Nenhum presidente na História do Brasil, teria se mantido no Poder, se houvesse sido acusado de pelo menos metade das irregularidades e dos crimes cometidos de fato pelo Partido dos Trabalhadores, sob a benemérita liderança do Senhor Luís Inácio Lulla da Silva. Ou por exemplo, o caso Waldomiro Diniz que é uma gota d’água no oceano; muito mais difícil de explicar são as irregularidades no Programa Fome-Zero, ou os abusos totalitários contra o patrimônio público cometidos por diversos membros do desgoverno Lulla (onde até a cadela do presidente, passeia de carro oficial tranqüilamente), o caso do Mensalão, amplamente discutido e comprovado em CPI e, devidamente denunciado pelo ‘Procurador Geral da República; o caso de caixa dois do PT (verbas não contabilizadas) e, que o próprio presidente em entrevista confirmou ser esta, uma prática de rotina no Brasil; envio de dinheiro ao exterior de forma ilícita; quebra de sigilo bancário, telefônico e postal, de um simples caseiro que ousou denunciar um Ministro do desgoverno Lulla e, as alianças sinistras entre o PT e as FARCS (Colombianas), MIR (Chileno), PCC (Partido Comunista Cubano), ELN (Exército de Libertação Nacional), FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), PRD (Partido da Revolução Democrática), FMLN (Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional), URNG (União Revolucionária Nacional da Guatemala, dentre outros. O que me causa estranheza nestas alianças sinistras, é o quase segredo absoluto que impera sobre os fatos ocorridos no Foro de São Paulo, onde não se viu ou vê, nenhum comentário mais acirrado da mídia especializada (ou não), ou até mesmo um ato de repúdio de nossas Forças Armadas, sobre tais acontecimentos no mínimo suspeitos. Parece até que tudo está cor de rosa, neste mar de lamas chamado Brasil!

Qualquer debate hoje no Brasil que envolva a Política Nacional, especialmente após os efeitos da queda do Muro da Vergonha, só pode ser considerado sério se discutido desde o ponto de vista da Revolução Gramscista, não por imposição ideológica, mas por verificação histórica, caso contrário tudo que teremos é um exercício de abstração teórica cujo conteúdo e implicações práticas não terão mais significação que uma discussão acalorada de mesa de bar. Isto é exatamente em que será resumida a essência da intelligenzia nacional, quando todos os brasileiros se tornarem, sob as graças de Antonio Gramsci, intelectuais orgânicos, cuja única verdade é a mentira do partido. É dogmática ou romantizada a crença de que o homem é um fruto homogêneo de seu meio. Todavia, é deste último que a maioria das pessoas retira seus principais pontos de referência, distinguindo-se como indivíduos em sociedade. Raros são os homens que conseguem olhar dentro de si e não apenas em sua volta.

(*) Renildo Queiroz, Consultor Técnico em Biotecnologia Molecular - Escritor e Analista socio-político-econômico.

O imenso peso da derrota de 2002








Murillo de Aragão é cientista político

A derrota de 2002 nas eleições presidenciais pode ser considerada a batalha de
Stalingrado para o PSDB: vai custar muito mais do que oito anos fora do poder federal. Seus efeitos foram sentidos em 2006 e estão sendo sentidos em 2010.

Em 2002, Lula ganhou – no segundo turno – em uma eleição que poderia ter sido liquidado no primeiro turno, se Anthony Garotinho não tivesse tido pouco mais de 17% dos votos. José Serra terminou o primeiro turno com 23,19% dos votos e chegou a 38,72% no segundo turno.

Seu desempenho foi inferior à taxa de aprovação de FHC, a quem, equivocadamente, escondeu na campanha presidencial. Naquela época, além de tratar FHC como um “cunhado indesejável” na família tucana, Serra tratou de valorizar mais as suas realizações como ministro do que as do governo FHC. Sem uma adequada defesa de Serra e um correto posicionamento estratégico do PSDB, a era FHC transformou-se em herança maldita.

Em 2006, com Geraldo Alckmin, repetiu-se a estratégia equivocada e a era FHC foi posta de lado. Tal qual Serra, Alckmin achou que sua trajetória como governador e o escândalo do mensalão seriam suficientes para derrotar Lula.

Mesmo tendo ido para o segundo turno, por conta da eclosão do escândalo dos aloprados, Lula ganhou, tranquilo, com 60,83% dos votos, contra os 39,17% de Alckmin. Os votos de Alckmin terminaram sendo mais antilulistas do que a favor de um projeto alternativo de poder.

Os erros de Serra e de Alckmin em 2002 e 2006 não foram absorvidos pelo PSDB. Ao esconder FHC, o ideólogo político do Plano Real, o PSDB jogou na lata do lixo sua maior história de sucesso e não conseguiu colocar nada melhor no lugar.

Equivocadamente, o PSDB entrou na disputa de 2010 apostando apenas – e tão somente – no recall de Serra e na tese de que “não é possível” que o povo vote em Dilma, desconhecida e inexperiente.

Também colocou suas fichas no eventual “antilulismo” e na possibilidade de eclosão de algum escândalo. Como se, na Fórmula 1, uma equipe fizesse a sua estratégia baseando-se na hipótese de quebra do carro do adversário que lidera a competição.

O que está acontecendo todos sabem: Serra agarra-se a episódios – quebra de sigilo e escândalo dos Correios – para impedir o que parece inevitável.

Em política, existem derrotas e derrotas. Ao perder as eleições sem valorizar devidamente o sucesso da era FHC, o PSDB perdeu identidade e referência. Ficou refém da popularidade de Serra, que se revelou frágil diante do carisma e do sucesso de Lula.

A decisão correta deveria ter sido tomada em 2002 e nos anos subsequentes, por meio de uma estratégia eficiente de volta ao poder. Daí, em certo sentido, a provável derrota de 2010 ser consequência direta das escolhas erradas de 2002, e não apenas uma decorrência do imenso sucesso de Lula.

Para o PSDB, além do sério risco de perder pela terceira vez uma eleição presidencial, o trágico é ficar dependendo do fracasso da fórmula lulista para voltar a ser competitivo nas eleições federais.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Como os PeTralhas gastam os dinheiros públicos



FUNAFUTI (foto acima) é a capital oficial de TUVALU, um grupo de nove atóis coralinos na Polinésia, Oceano Pacífico, 4.000km ao nordeste da Austrália.

Seu ponto mais alto é 5 m acima do nível do mar.

Trata-se de uma monarquia constitucional que faz parte da Commonwealth, ou seja, S.M. Elizabeth II é a chefe de Estado, tem um Governador Geral, mas quem manda mesmo é o primeiro ministro escolhido pelo Parlamento composto de 15 membros. A população de Tuvalu (os tuvaluanos) atingiu em 2009 a 12.273 habitantes, um pouco menor que Restinga Seca/RS, quase todos descendentes de samoanos. Os missionários ingleses acabaram com a religião local, e hoje 87% da população é protestante, 6% não tem religião, e 0,6% são ateus. A economia de Tuvalu (PIB 14,8 milhões de dólares) é baseada na exportação de COPRA (fibra do coco seco) e PANDARA ou PANDANO (espécie de palmeira de folhas e frutos comestíveis). Uma
ma de suas fontes de renda é a venda de sua bandeira para navios estrangeiros. Não existe estação de TV em Tuvalu. Há somente um jornal impresso que circula de 15 em 15 dias, cuja tiragem é de 500 exemplares. Mas por que aqui se está falando de Tuvalu? É que a diplomacia do Grande Líder Lula criou uma embaixada em Tuvalu, mais especificamente na capital Funafuti, por meio do Decreto 7.197 de 02/06/2010.

A instalação dessa embaixada custará aos cofres públicos brasileiros de R$ 12.000.000,oo (Doze milhões), além das despesas de manutenção.


O decreto abaixo diz tudo. É assim que o governo dos PeTralhas usam os dinheiros dos nossos impostos.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 7.197, DE 2 DE JUNHO DE 2010.


Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil em Funafuti, em Tuvalu, cumulativa com a Embaixada em Wellington.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 43 do Anexo I ao Decreto no 5.979, de 6 de dezembro de 2006,
DECRETA:

Art. 1º Fica criada a Embaixada do Brasil em Funafuti, em Tuvalu, cumulativa com a Embaixada em Wellington.

Art. 2º O art. 1º do Decreto nº 5.073, de 10 de maio de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:

“LXXXVI - Funafuti (Tuvalu), com a Embaixada em Wellington.” (NR)

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 2 de junho de 2010; 189º da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Antonio de Aguiar Patriota

Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.6.2010

Manual do candidato PeTralha

Nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

Agora, por favor, leia de baixo para cima e verás como agem os PeTralhas e a maioria dos políticos brasileiros.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vamos errar de novo?





















Ferreira Gullar

Faz muitos anos já que não pertenço a nenhum partido político, muito embora me preocupe todo o tempo com os problemas do país e, na medida do possível, procure contribuir para o entendimento do que ocorre. Em função disso, formulo opiniões sobre os políticos e os partidos, buscando sempre examinar os fatos com objetividade.

Minha história com o PT é indicativa desse esforço por ver as coisas objetivamente. Na época em que se discutia o nascimento desse novo partido, alguns companheiros do Partido Comunista opunham-se drasticamente à sua criação, enquanto eu argumentava a favor, por considerar positivo um novo partido de trabalhadores. Alegava eu que, se nós, comunas, não havíamos conseguido ganhar a adesão da classe operária, devíamos apoiar o novo partido que pretendia fazê-lo e, quem sabe, o conseguiria.

Lembro-me do entusiasmo de Mário Pedrosa por Lula, em quem via o renascer da luta proletária, paixão de sua juventude. Durante a campanha pela Frente Ampla, numa reunião no Teatro Casa Grande, pela primeira vez pude ver e ouvir Lula discursar.

Não gostei muito do tom raivoso do seu discurso e, especialmente, por ter acusado “essa gente de Ipanema” de dar força à ditadura militar, quando os organizadores daquela manifestação ─ como grande parte da intelectualidade que lutava contra o regime militar ─ ou moravam em Ipanema ou frequentavam sua praia e seus bares. Pouco depois, o torneiro mecânico do ABC passou a namorar uma jovem senhora da alta burguesia carioca.

Não foi isso, porém, que me fez mudar de opinião sobre o PT, mas o que veio depois: negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura ─ o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC. Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa.

Durante o governo FHC, a coisa se tornou ainda pior: Lula denunciou o Plano Real como uma mera jogada eleitoreira e orientou seu partido para votar contra todas as propostas que introduziam importantes mudanças na vida do país. Os petistas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao perderem no Congresso, entraram com uma ação no Supremo a fim de anulá-la. As privatizações foram satanizadas, inclusive a da Telefônica, graças à qual hoje todo cidadão brasileiro possui telefone. E tudo isso em nome de um esquerdismo vazio e ultrapassado, já que programa de governo o PT nunca teve.

Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio. Não obstante, para espanto meu e de muita gente, conquistou enorme popularidade e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.

No polo oposto da disputa está José Serra, homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada. Enquanto ele apresenta ao eleitor uma ampla lista de realizações indiscutivelmente importantes, no plano da educação, da saúde, da ampliação dos direitos do trabalhador e da cidadania, Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.

A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública. Foi Serra quem introduziu no Brasil o medicamento genérico; tornou amplo e efetivo o tratamento das pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, o que lhe valeu o reconhecimento internacional. Suas realizações, como prefeito e governador, são provas de indiscutível competência. E Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República? Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.

O povo nem sempre acerta. Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada ─ Jânio e Collor. O resultado foi desastroso. Acha que vale a pena correr de novo esse risco?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Direitos humanos, pedofilia e moral

A hipocrisia é uma atitude mental horrorosa. A sociedade atual está adoentada de hipocrisia e as contradições e paradoxalidades nos discursos que infestam as ações das pessoas e instituições são tantas que merecem reflexão profunda e dão matéria para muitos ensaios.

Enquanto muitas vozes, por um lado, defendem o liberalismo sexual de todos, especialmente das mulheres, criticando os que não defendem estes postulados como arrogantes, atrasados e hipócritas, paradoxalmente, a hipocrisia reside exatamente nos defensores da liberação geral. Estimulam a sensualização das crianças e adolescentes nos mais diversos níveis, especialmente no midiático, e cobram puodr por outro.

Por um lado defendem a liberdade de respeito a culturas e etnias, mas condenam veementemente costumes de outros povos como o muçulmano.

Não estou defendendo determinados costumes que considero estúpidos, não! Um exemplo de estupidez histórica é a surra em praça pública e o apedrejamento como castigos instituídos ainda hoje pela Sharia, o código de leis islâmica.

O que estou resssaltando é a contradição intr[inseca na crítica sociológica e o moralismo de ocasião dos ocidentais, que agem circunstancialmente, como é o caso do governo brasileiro, em relação a casos internacionais iguais aos prisioneiros sob a ditadura cubana ou o apedrejamento da mulher iraniana. No caso específico o governo brasileiro, pressuroso em discursar em favor dos direitos humanos nos fóruns internacionais, na prática, defende o que há de pior em termos de respeito a esses direitos no mundo.

REcentemente recebi uma mensagem eletrônica em que o remetente mostra vários casais em cerimônia cívico-religiosa. Homens na faixa dos trinta anos assumem noivado oficialmente com meninas de 10, 12 anos. São guerrilheiros do grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.

Vamos ao fato histórico-social onde o viés moral deve ser bem analisado.

Sem abstrair-se o fato de que o Hamas é um grupo de assassinos, terroristas assumidos, o costume de homens maduros ficarem noivos de meninas em idade não núbil é próprio daquela cultura. Maomé recebeu por noiva, Aisha, a filha do amigo quando ela ainda tinha 6 anos. Casaram-se aos 9 e coabitaram assim que ela ficou núbil, ou seja, depois da primeira menstrução. É o que nos diz a história.

Os apressados logo dirão. Isto é uma desgraça daquele povo marcado pelo atraso. Até os defensores do Hamas - recebo e-mails de muitos desses desatinados - acham estranho que um homem de 30 anos case com uma menina de 12 anos.

Pois bem! Conta a tradição que São José já passava dos 60 anos quando desposou a jovem e bela Maria de Nazaré que tinha apenas 15 anos se muito. É certo que Maria não coabitou com o esposo. Mas isto são outros quinhentos, porque adentra no terreno misterioso da fé cristã.

Santo Agostinho, doutor da Igreja e um dos santos mais aplaudidos como intelectual, antes de se converter foi um doidivanas. Ele mesmo conta nas famosas "Confissões" que sua mãe tudo fez para que ele se casasse, pois vivia amasiado. Deram-lhe como noiva uma menina de 10 anos com a promessa de que ele se casaria quando ela se tornasse núbil, provavelmente aos 12 ou 13 anos. Agostinho, ainda não convertido, resolveu não esperar tanto tempo e arranjou outra mulher para coabitar depois de lhe terem levado a primeira, mãe de seu filho Adeodato. Agostinho tinha já 30 anos.

SE vivessem hoje no Ocidente Maomé, São José e Santo Agostinho seriam condenados por pedofilia e execrados pela opinião pública insuflada pela mídia perversa.

Vê-se pelos exemplos e pela prática que a moral é dinâmica. Depende do tempo e do espaço. É ditada pela força dos costumes, da cultura de cada povo. Cabe a cada um aceitar ou não.

Para finalizar: um exemplo é o caso da monogamia/poligamia. Um homem monogâmico no mundo islâmico é visto com desconfiança. Ou não tem coragem de sustentar várias mulheres, ou não ter muitos filhos o que para eles é uma covardia e uma desobediência aos preceitos do Alcorão. Se não casa é, no mínimo, homossexual e, portanto, passivo da pena de morte em alguns países islâmicos.

No caso da maioria dos países ocidentais a exigência é da relação monogâmica.

E homossexual... Bem, viado é só que tem por aí.

Morre o ex-cangaceiro Moreno


O escritor João de Sousa Lima entrevista Moreno




Faleceu ontem às 9h 30m o ex-cangaceiro Moreno, batizado Antônio Ignácio da Silva. No dia 1º. de novembro vindouro completaria 101 anos, posto que nasceu nessa data do ano de 1909. Depois da morte de Lampião e de muitos do bando, Moreno ainda continuou em ação com os demais sobreviventes da chacina de Angicos. Só abandonou o cangaço em 1940.

O texto abaixo é da lavra do escritor João de Sousa Lima, um dos grandes pesquisadores da saga cangaceira, autor de vários livros sobre o tema, entre os quais "Moreno e Durvinha, sangue, amor e fuga no cangaço". Contatos com o autor: (75)8807-4138 ou joaoarquivo44@bol.com.br


ANTÔNIO E O DESTINO COMO MORENO.

Antônio dividia seus dias lutando nas plantações, colheitas, pastoreio e na barbearia. Dia após dia a labuta diária consumia suas horas, o sol minguava suas forças, a sua juventude perdia-se na falta de opção, as esperanças afogavam-se nas enxadadas das areias quase sempre secas da caatinga. Como tantos sertanejos fortes que embalados na confiança de uma vida mais digna, envelheceram dedicando seus préstimos a uma convivência pacifica e honrada, vivida nos mais absoluto abandono das oligárquicas civilizações progressistas.
Naqueles socavões, Antônio travaria contato pela primeira vez com homens de vestes estranhas a seu mundo simples. Enquanto abria fendas para depositar as sementes germinantes, Antônio se surpreendeu com a chegada de alguns cangaceiros. Era Virgínio, Luiz Pedro, Maçarico, Fortaleza e Salviano (Medalha), primo de Durvalina. Os cangaceiros conversaram por alguns minutos e depois entregaram uma carta destinada ao senhor Antonim, pedindo dinheiro e dizendo a data que voltariam para pegarem a encomenda. Antônio não conseguiu esquecer aqueles homens diferentes. Ele guardou a correspondência e na primeira oportunidade que teve a apresentou ao velho Antonim, que a leu e deixou 200 mil réis para ser entregue aos cangaceiros.
Dois meses se passaram até que Antônio tivesse novamente a visita dos Bandoleiros das Caatingas. O jovem Antônio entregou a quantia deixada por Antonim e sendo convidado por Virgínio e Luiz Pedro para tomar um café onde eles estavam arranchados, não se fez de rogado e aceitou o convite, de imediato. No coito, Antônio permaneceu por três dias, totalmente conquistado pelo estilo de vida do cangaço.

A prova de fogo.

No terceiro dia, alguns cangaceiros chegaram ao coito, trazendo amarrado um coiteiro que os havia denunciado a polícia. O homem foi entregue para Antônio matar. Virgínio deu uma “mauser” para Antônio realizar o crime e ele seguiu a risca a empreitada, disparando a arma no peito do sentenciado, que caiu inerte no meio do acampamento, sendo vítima de uma lei imposta em nome do silêncio. O matador foi rebatizado depois do crime, quando Luiz Pedro deu-lhe o apelido que serviu de senha para a entrada no bando, saindo de cena o sertanejo Antônio Ignácio e surgindo o cangaceiro “Moreno”.
Moreno adotou a partir daí, um diferenciado estilo de vida. Nesta mesma hora lhe entregaram um rifle com munições e poucos minutos depois, Moreno teria mais uma prova de fogo, quando encontraram alguns policiais e trocaram tiros, colocando os soldados em desordenada fuga. O rifle de Moreno apresentou problema e ele não conseguiu disparar nenhum tiro. Depois do combate Moreno queixou-se a Luiz Pedro do acontecido e de imediato, o velho cangaceiro, trocou o rifle por um mosquetão, arma que Moreno só se apartou em 1940 quando abandonou o cangaço.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Os gays deveriam ir morar no paraíso socialista cubano

Quando vejo os "idiotas úteis" da esquerda brasileira falando em democracia e defesa de minorias excluídas como os gays, constato quanta hipocrisia permeia o discurso dessa gente. Essa mesma gente que vive a defender o ditador sanguinário Fidel Castro e os desmandos que ele e sua trupe há mais de cinquenta anos praticam na ilha-prisão.

A notícia abaixo dá uma idéia de como Fidel trata os homossexuais em seu "paraíso socialista" tão incensado pelos gays comunistas brasileiros:

"Depois de o ex-ditador cubano Fidel Castro ter admitido que promoveu perseguição a gays durante a Revolução Cubana, a ONG Grupo Gay da Bahia disse que irá entrar com uma representação contra ele no Tribunal Internacional de Justiça de Haia. A entidade acusa Fidel de crimes contra os homossexuais. A ONG diz que Fidel é responsável pela desmoralização, perseguição, prisão com trabalho forçado, tortura, expulsão e morte de milhares de gays, travestis e lésbicas". (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0309201010.htm)

Ainda resta a Imprensa. Até quando?

Da jornalista Eliane Castenhêde, no jornal Folha de São Paulo:

"Se depender do governo e da própria Receita, ninguém vai saber de nada até a eleição e ninguém será punido depois dela. Os "aloprados" originais, da campanha de 2006, levaram uma bronca de Lula por serem atrapalhados e ponto. É assim que o Estado é usado para fazer "banco de dados" contra Ruth e Fernando Henrique Cardoso, quebrar o sigilo de um caseiro que diz umas verdades e produzir dossiês contra adversários políticos. E tudo isso vai se incorporando à paisagem placidamente. Por ora, ainda sobra a imprensa para descobrir esses ímpetos stalinistas e levar ao conhecimento da opinião pública. Até que se dê um jeito nisso também".

Delinquência e tapetão

Fernando de Barros e Silva


O governo e o PT usam a popularidade de Lula como biombo para semear a impunidade. Tem sido assim desde que se recuperaram do mensalão. O escândalo dos aloprados até hoje permanece impune, sem solução. E Antônio Palocci, o maior interessado na violação do sigilo do caseiro Francenildo, é hoje coordenador da campanha de Dilma Rousseff e seu avalista informal junto à turma do PIB.
Mas não se trata apenas de impunidade. Sempre que a realidade lhe pede satisfação, o governo costuma reagir com soberba, como se fizesse um favor à opinião pública. Foi assim, por exemplo, em 2008, quando Dilma dizia ser uma "ficção" o dossiê, confeccionado na Casa Civil que ela chefiava, sobre as despesas pessoais de FHC na Presidência.
Agora, mais uma vez, o governo se mostra insolente e relapso diante das evidências de que a Receita se tornou a moradia da Mãe Joana. Há, de um lado, o comércio de dados fiscais violados em larga escala; e há, entre eles, a violação do sigilo de figuras ligadas a José Serra, inclusive o de sua filha empresária.
Tudo nesse episódio é muito grave. Inclusive a reação da campanha tucana. Ao ir à Justiça Eleitoral para impugnar a candidatura Dilma, Serra se agarra ao escândalo como tábua de salvação para chegar ao segundo turno. Não se trata de "incriminar a vítima", mas de expor os interesses de seu açodamento.
Em 2006, havia uma montanha de dinheiro de origem equívoca para comprar um dossiê. Mas havia, além disso, Hamilton Lacerda (braço-direito de Mercadante), Freud Godoy (assessor especial de Lula), Jorge Lorenzetti (o "churrasqueiro" oficial), Gedimar Passos (da "inteligência" petista). Pegos fazendo arte, os aloprados tinham rosto e vínculo inequívoco com a campanha.
O crime de agora parece ser até mais grave, mas, apesar dos antecedentes do PT, os elos com a campanha de Dilma ainda estão por ser esclarecidos. Ao escandalizar o escândalo da maneira como faz, Serra contribui para a sua banalização. (Do Jornal Folha de São Paulo)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A ditadura Dilma

Guilherme Fiuza

A opinião pública brasileira chegou a um estado inédito de letargia. Do alto de seus quase 80% de aprovação, Lula pode dizer qualquer coisa. O bom entendedor está arrepiado. Em sua excitação de Midas eleitoral, com a candidata fantasma disparando nas pesquisas, o presidente fala pelos cotovelos – e seus cotovelos andam dizendo barbaridades. A mais grave delas, para variar, passou despercebida. Reclamando do Senado Federal, que lhe foi menos servil do que ele desejava, Lula anunciou:“Penso em criar um organismo muito forte, juntando todas essas forças que nos apóiam, para que nunca mais a gente possa permitir que um presidente sofra o que eu sofri”.

A declaração feita num palanque em Recife, onde o presidente tornou-se uma espécie de semideus, é um escândalo. Ou melhor: seria um escândalo, se o Brasil não vivesse nesse atual estado de democracia anestesiada. Lula está anunciando um “organismo” político para neutralizar o Congresso Nacional. É o presidente da República, de viva voz, avisando que as regras da democracia não servem mais. Quer usar a ligação direta com as massas para enquadrar o Senado. O mais famoso autor de uma idéia desse tipo foi o führer Adolf Hitler.

Se o Brasil não estivesse imerso no sono populista, Lula teria que ser convocado imediatamente ao Congresso para explicar que “organismo” é esse. As cartas estão na mesa, e são claras. Todas as tentações autoritárias da esquerda S.A. estão fervilhando com a disparada de Dilma, a candidata de proveta, na corrida presidencial. Chegou a hora de submeter o Congresso, a imprensa e as leis à República dos companheiros.

Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou: está sendo urdida uma força para-estatal para dar poderes especiais ao governo Dilma. A vitória no primeiro turno seria o passo inicial do arrastão. Depois viria a Constituinte petista, com a enxurrada de “controles sociais” e “correções democráticas” que o país já viu sair das conferências xiitas bancadas por Lula.

Brasil, divirta-se com a brincadeira de votar na mamãe. Depois comporte-se, porque o organismo vem aí.

Acesse http://colunas.epoca.globo.com/guilhermefiuza/