sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Crivado de balas

Todos vimos o tiroteio no Rio de Janeiro, retrato de um Brasil crivado de balas que operações policiais fortuitas não resolverão o problema. Antes de subir aos morros com bacamarteiros, o Estado deve impôr sua presença com educação de qualidade, levando em conta os princípios cristãos de nossa formação cultural, condição sine qua non nada será resolvido.

Por agora, vale lembrar o poema CRÔNICA POLICIAL 3, de Affonso Romano de Sant'Anna, qu está no livro QUE PAÍS É ESTE? Ei-lo:

"Há uma batalha em plena rua
e o governo não sabe.

Inaugura estradas, deita fala,
sem ver que as rodovias
estão cheias de eleitores mortos.

- E seu discurso crivado de balas.

"Nós era seis..."

O olho do sol está que é um olho de dragão a vomitar fogo sobre o nosso sertão. Mesmo aqui em Fortaleza,capital do Estado, o calor está abrasador e não se tem notícia de que a estação chuvosa seja das melhores.

Melhor ir rezando para São José, porque quem tem os olhos fundos bota-os para chorar cedo.

A lembrança de outras estiagens põ na ordem do dia o depoimento de um matuto ao Jornal O POVO, em 1958: "Nós era seis. De fome morremos todos. Só escapemos eu..."

A republicana e o rabugento

Vejam a atitude serena e cordial adotada pela governadora tucana Yeda Crusius ao receber o futuro governador petista Taso Genro para apresentar-lhe o Palácio Piratini, reformado, onde despachará o governador.

Educação política não faz mal a ninguém. Os petistas é que nunca entenderam isto.

Aliás, seguem o exemplo do seu líder, Lula, que mais uma vez tripudiou sobre seu adversário derrotado, o senador cearense Tasso Jereissati. Todavia, a fala de rabugenta de Lula se diminui alguém, com certeza não é o adversário que ele insiste em criticar.

Histrião

Mais uma do histriônico projeto de ditador da Venezuela, Hugo Chavez. Cancelou o visto do futuro embaixador dos Estados Unidos no país que governa. Os governantes dos EUA com certeza estão remendo de medo da fanfarronice bolivariana e vão perder o sono.

O paraíso cubano

Os jornais de hoje publicam que o paraíso cubano está tirando da cesta básica que fornece à população, o sabão, o creme dental e o detergente. Esses produtos, esmola do paraíso socialista, a partir de agora serão vendidos a 25 pesos, o equivalente a cerca de 1 dólar e 13 centavos. O governo daquele "paraíso" já havia cortado batata e cigarros da dita cesta.

É o processo de morte da ditadura que vem infelicitando a ilha-prisão de Fidel Castro durante meio século.

Besteirol

Nunca antes neste país um presidente da República, ao se preparar para deixar o cargo, verbalizou tanta besteira.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Muitas felicidades em 2011

A todos os meus queridos leitores o meu mais sincero abraço neste final de ano e os votos de que o próximo seja bem melhor do que o 2010.

Prosperidade, fortuna e saúde possam coroar uma existência de paz no ano que se inicia depois de amanhã, sem esquecer que os tempos não mudam. Mudam os sees humanos e as vontades.

Que Deus nos dê vontade e disposição para sermos bons e coragem para sermos justos em 2011.

Juntos arrostaremos o mal e não pactuaremos com o silêncio dos bons.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cascata para uns, "cascata" para outros

A Câmara dos Deputados aprova uma aumento salarial de 63% para os próprios deputados. Membros do Supremo Tribunal Federal, senadores, deputados federais e presidente da República recebem um presente de Papai Noel de fazer inveja. O polpudo aumento salarial vai alcançar todos os parlamentares do Brasil. É o chamado efeito cascata.

A tal efeito só não chega ao bolso dos trabalhadores comuns. Para eles é só "cascata"!!!

Que cordel?

Há um monte de gente por aí se fazendo de poeta de cordel. Tudo uma baboseira. Há pouco vi pela TV Justiça um jovem juiz nomear como poesia de cordel amontoado de versos pés-quebrados que ele recitou.

Definitivamente, esse pessoal não sabe o que é Poesia de Cordel.

Até quando, Lula?

Até quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva abusará de nossa paciência com este seu lenga-lenga de intermináveis despedidas?

Nunca antes neste país se confundiu tanto o público com o privado. Talvez esta situação seja o problema que afeta a relação de Lula com o poder. Ele não está conwseguindo se desgrudar do Planalto. Aproveita cada solenidade para se despedir, mas paradoxalmente, nsiste em reafirmar que não está dizendo adeus, mas até logo.

Com efeito, Lula introjetou a figura do pai. E nestes casos meio esquizofrênicos, só Freud pode explicar.

Ademais, já estamos de saco cheio de pais da pátria.

É o caso de se dizer com o grande Cícero: - Quosque tandem, Lula, abutere patientia nostra?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Começa discussão sobre comando da organização católica TFP

O julgamento que vai decidir sobre o controle da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) começou com vantagem para os fundadores da entidade. O ministro João Otávio de Noronha, relator do caso na Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deu voto favorável à pretensão do grupo de fundadores, que disputa o comando da TFP com uma ala dissidente majoritária.

Após o voto do relator, o julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Luis Felipe Salomão. Ainda não há data prevista para que a questão seja retomada.

Criada nos anos 60 sob a liderança de Plinio Corrêa de Oliveira, a TFP teve destacada atuação na propaganda contra o comunismo durante o regime militar. Após a morte do líder, em 1995, passou a viver disputas internas que culminaram na chegada ao poder de um grupo que se opunha à diretoria, dominada até então pelos sócios-fundadores – os únicos que detinham poder de voto, segundo o estatuto original da entidade.

Os dissidentes – ligados a outra organização católica tradicionalista, a Arautos do Evangelho – entraram na Justiça, em 1997, pedindo a declaração de nulidade do estatuto da TFP, para que o direito de voto fosse estendido a não fundadores. Perderam na primeira instância, mas ganharam no Tribunal de Justiça de São Paulo, em 2001. O processo se arrastou de recurso em recurso, até que, em 2003, os dissidentes obtiveram da Justiça a execução provisória da decisão que lhes era favorável.

Com o apoio de associados mais jovens, a ala dissidente promoveu alterações estatutárias e conseguiu dominar a TFP. Os antigos dirigentes recorreram ao STJ. Além do uso do nome e dos símbolos da TFP, a disputa envolve o controle das contribuições financeiras que ela recebe de seus colaboradores.

Nulidade

Segundo o ministro João Otávio de Noronha, todo o processo – com mais de 7.400 páginas, sem contar os 24 volumes de apensos – poderia ser anulado, porque a controvérsia atinge interesses pessoais dos fundadores e eles não foram citados desde o início, só entrando na ação mais tarde, como assistentes litisconsorciais – as partes, até então, eram apenas a TFP, pessoa jurídica, e o grupo dissidente.

No entanto, o relator afirmou que deixaria de declarar a nulidade do processo porque isso iria prejudicar a parte que, no mérito, segundo seu entendimento, é a que tem razão. Após discorrer por três horas sobre as questões jurídicas levantadas, inclusive sobre a liberdade de organização, o ministro concluiu que “o direito de voto não é direito essencial dos associados, de modo que é possível atribuí-lo a apenas uma ou algumas categorias de associados”.

“A interferência dos poderes públicos na economia interna das associações de fins ideológicos”, continuou o ministro, “deve ser o mais restrita possível. Não vejo razão jurídica para negar-lhes a liberdade de estipular os direitos e deveres de associados na forma que melhor atenda aos fins ideológicos que perseguem, facultando ao estatuto estabelecer vantagens especiais para alguns dos seus membros e mesmo classe ou classes de associados sem direito a voto.” (http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=99039)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Pacto pela cultura

Recebi um e-mail com um abaixo-assinado, o qual trata de "Um pacto pela Cultura no Estado do Ceará". Se o documento for entregue ao governador e no Palácio Iracema tiver alguém ligeiramente alfabetizado, vai haver um certo desconforto na leitura do texto. Passei apenas uma vista no dito cujo e, de logo, me deparei com pelo menos cinco erros de gramática e de estilo.

Assim não dá, né?

Ainda bem que no Palácio Iracema dificilmente encontraremos quem saiba o que está lendo, porque o pessoal lá só sabe ler livro-caixa e documentos licitatórios.