sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA COM JORNALISTAS






A Assembleia Legislativa do Ceará realizou tradicional confraternização natalina com jornalistas. Lá estive com minha mulher, Lúcia. Na oportunidade, o deputado Zezinho Albuquerque, presidente da Casa, cumprimentou a todos. E posou para fotos. Houve sorteio de prêmios. Eu o o jornalista Adriano Muniz, Chefe da Assessoria de Comunicação do Poder Legislativo, entregamos a um dos ganhadores, o jornalista Miguel Anmderson. Depois, houve shows com a Banda Acaiaca e o grande sanfoneiro e o excelente bom caráter Waldonys.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

SOBRE DIREITO, FILOSOFIA E TEOLOGIA




No dia do lançamento do livro "Manual de História do Direito", Roberto Victor e sua bela Ítala, comigo e Lucinha, minha mulher.


Barros Alves

O escritor Roberto Victor Pereira Ribeiro coloca para apreciação do público ledor mais um livro. Desta feita uma obra com características didáticas sem, no entanto, desfazer-se da escritura literariamente cuidadosa que tem inscrito o jovem advogado entre os nomes que se alteiam na área da Ciência Jurídica em nosso Estado, quiçá em termos nacionais, posto que já lista em seu currículum a responsabilidade pelo compartilhamento editorial de excelentes publicações da seara jurídico-editorial do Brasil.
Estudioso dos processos históricos da Ciência do Direito, Roberto Victor oferece-nos, pois, um MANUAL DE HISTÓRIA DO DIREITO, com excelente feição gráfica e conteúdo apropriado para a formação de quantos desejam abraçar a carreira jurídica, uma vez que, consoante a providente afirmação do jurista José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e prefaciador da obra, não se pode olvidar a importância dos estudos de História do Direito, pois “A interpretação do direito não pode fugir ao seu compromisso com a historicidade.”
Alguns poucos desavisados do valor da História para a compreensão do mundo, esquecem que a liturgia do Direito está de certo modo ligada aos clássicos conceitos do Belo e do Justo, até porque o Justo é Belo e  nada tem beleza na sociedade humana se não contiver a essência espiritual da Justiça. Estes parâmetros vestem a História do Direito desde as suas origens e se alteiam na Idade Média, definitivamente mal conceituada pela arrogância iluminista como “Idade das Trevas”. Foi na época medieva que surgiu o “Corpus Iuris Civilis”, considerado pelo autorizado crítico Otto Maria Carpeaux, em sua grandiosa “História da Literatura”, como “o maior monumento literário da humanidade”. Esse Digesto tem uma importância superior que vai além da positividade, porque resultado de um enorme esforço dos legisladores daqueles tempos, que em árduo trabalho definiram uma “jurisprudência” em busca de alcançar a JUSTIÇA.  Iurisprudentia est divinarum atque humanarum; iusti atque iniusti scientia. A jurisprudência é o conhecimento das coisas divinas e humanas. A ciência dos justos e dos injustos.”
Daí é que não apenas a meu entender, mas de muitos que se debruçam sobre os caminhos percorridos pelo ser humano em busca de Justiça ao longo de sua existência, a Ciência do Direito não será obtida se não reconhecermos as imorredouras influências que a Iurisprudentia tem bebido na Teologia, talvez em grau bem maior do que os conhecimentos hauridos no campo filosófico. Sem deste desmerecer sob nenhuma hipótese, claro. O jusnaturalismo de caráter transcendente que perpassa a Carta aos Romanos, escrita por São Paulo no ano 55 a. D., por exemplo,  é bem uma prova do que afirmamos. Ou seja, que a fonte primeva e perene em que se  busca a Justiça é exatamente no Pai-Criador. Deus é o primeiro poeta e o primeiro legislador, cuja obra resulta em Ordem e Beleza, portanto, consequentemente em Justiça.
Dos tempos medievais a esta parte, a trajetória do ser humano em busca de justiça tem sido arremessada para longe dos postulados ideais da Transcendentalidade, em razão de utopias gnósticas, agnósticas ou mesmo  materialistas. Esta postura que alcançou grande relevo no século XVIII empobreceu sobremodo a Filosofia e fez a Teologia enveredar por escuros caminhos em que patina até hoje, especialmente no campo católico, já agora depois dos descaminhos do Concílio Vaticano II e suas interpretações posteriores. O Direito é para ser impregnado de Filosofia e esta de Teologia, como queria Santo Agostinho: Verum philosophum est amator Dei. O verdadeiro filósofo é um amante de Deus. Assim, por consequência, o verdadeiro jurista deve ser um amante da Divindade na sua busca por Justiça, porque a fonte primeira da Justiça é Deus.
Desgraçado estes tempos em que constatamos que o homem cego, porque afastado de Deus, tateia na escuridão guiado por filósofos que dogmatizam suas crenças e por teólogos que sequer creem naquilo que pregam nos templos e ensinam nas universidades e seminários. Daí é que assiste razão ao Carlos Dunnan: “Para a filosofia moderna, os problemas transcendentes não existem. Mas, a recóproca é verdadeira: se esses problemas transcendentes existem, o que não existe é a filosofia moderna.” Nem a teologia moderna, digo eu.
Esperamos que este livro de Roberto Victor Pereira Ribeiro contribua para aclarar sobretudo os caminhos daqueles que hoje ingressam na luminosa estrada da Ciência do Direito e tomem consciência que os problemas transcendentes de que fala Dunan existem, sim. E se o mundo não levar isto em conta não alcançaremos jamais a justiça que tanto reclamamos.

O LIVRO CONTRA O CRIME


Ministro Nelson Hungria

Barros Alves

 A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou pela quase unanimidade de seus pares (apenas duas divergências) Mensagem do Governo do Estado na qual se define remissão de penas imputadas a condenados mediante a leitura de livros. O projeto aprovado pelo Parlamento cearense arrima-se em Recomendação anteriormente publicada pelo Conselho Nacional de Justiça-CNJ (nº 44, de 26 de novembro de 2013), então sob a presidência do Ministro Joaquim Barbosa.
Para além da conhecida subserviência do Poder Legislativo ao governante de plantão, neste caso, a nosso entender, agiram corretamente os representantes do povo ao não se pautarem  pelos clamores da população angustiada diante de tanta violência. As causas desta infeliz situação não residem numa possível frouxidão da lei quanto a execução da pena, consoante o equivocado discurso dos dois parlamentares contrários à propositura. Até porque é certo ser melhor remir um apenado em poucos anos, vendo-o resgatado para a sociedade pela leitura de bons livros, do que vê-lo cumprir uma pena de dezenas de anos e sair mais animalizado do que quando ingressou no ssitema penal.
A pena-retribuição que sinonimiza pena-castigo em atendimento à ânsia vingativa de uma sociedade marcada por  profundos conflitos, em nada contribui para a recondução do apenado à sociedade, restaurando-lhe a crença no direito e na justiça. Bem o disse um dos ícones da Ciência Penal no Brasil, o mestre Nelson Hungria, ao buscar remissão para o seu pecado de haver contribuído para a feitura de um Código Penal eminentemente retribucionista, ora ainda vigente no ordenamento jurídico brasileiro. Hungria, já septuagenário, asseverava: “Mas, a lição, a experiência dos acontecimentos do mundo atual me levaram a uma revisão de meu pensamento, para renegar, para repudiar, de uma vez para sempre, a pena-castigo, a pena-retribuição, que de nada vale e é de resultado ineficaz. A pena-retributiva jamais corrigiu alguém.”
É claro que se Hungria vivo fosse, maior seria seu estremecimento diante da situação falimentar em que se encontra o sistema carcerário brasileiro, que agride explicitamente os mais elementares direitos humanos. O Estado, pressuroso em punir, apresenta incompetência visceral para vencer os obstáculos que o coloca como o verdadeiro réu da sociedade, quando ele, Estado, descuida da obrigação constitucional e moral de prover mecanismos para a reabilitação daqueles que delinquiram.
Eu não tenho dúvidas de que o livro é o mais eficaz instrumento de libertação das pessoas, especialmente dos pobres. Ainda nos sertões adustos, de onde saí para enfrentar o mundo graças aos sonhos e as esperanças que me ofereceram os livros, aprendi uma lição inesquecível em poema de Correia Júnior, cuja estrofe mais significativa canta a iluminação da leitura que destrói as  trevas da ignorância: “O livro, sincero amigo,/ Tem sempre aberto um abrigo/ Que à bondade nos conduz./ É nele que a dor se cala,/ Onde apenas o saber fala/ E a treva aprende a ser luz.”

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Terrorismo Golpista

Dilma e seus petistas desprezam as instituições, os poderes de Estado, os valores democráticos. O sinal é claro: a candidata à reeleição e o PT não aceitam as regras do jogo

Toda véspera de eleição a história se repete. Sempre que se vê em apuros, o PT esperneia, mente, deturpa, apela. Às suas armas habituais, os petistas agora agregam a tese de "golpe". Tudo porque estão a um passo de perder o poder.
A tese não veio a público pela boca de algum dos muitos petistas mais radicais, dispostos a tudo para não perder sua boquinha no governo. Foi vocalizada pela própria candidata à reeleição, a presidente da República em pessoa, na última sexta-feira.
Dilma Rousseff lançou a pregação a propósito das mais novas revelações do assalto à Petrobras perpetrado pelo grupo político que comanda o país há 12 anos. A partir de novos depoimentos de Paulo Roberto Costa à Justiça feitos na semana passada, ficamos sabendo que 2% do valor dos contratos da empresa ia para o cofre do PT. Estima-se, por baixo, que isso dê a bagatela de uns R$ 2 bilhões.
A candidata se disse "estarrecida" com o que considerou "vazamento" das gravações. Não manifestou, contudo, a mesma indignação com o conteúdo revelado pelo ex-diretor da Petrobras e também pelo doleiro Alberto Youssef nos depoimentos que vêm prestando. Dilma desconheceu também que os dados revelados são públicos, e não sigilosos.
Nas gravações que vieram à tona, os investigados revelam como funcionou, durante os últimos anos, o esquema que pode ter drenado R$ 10 bilhões da Petrobras. Empreiteiras eram escolhidas para executar obras e, em troca, se comprometiam a irrigar as contas do PT e de partidos da base governista no Congresso.
Para Dilma, fazer o Brasil saber que o patrimônio do povo brasileiro está sendo garfado pelo PT é "golpe" dos que investigam o caso. Livrar o aparato estatal destes cupins que estão se incrustando em todos os poros do Estado é "golpe". Mas o mais grave: perder as eleições, para ela, só se for com "golpe".
É fácil perceber o desapreço, para dizer o mínimo, de Dilma e seus petistas pelas instituições, pelos poderes de Estado, pelos valores democráticos, em suma. O sinal é claro: a candidata à reeleição e o partido dela não aceitam as regras do jogo, exceto se lhe são favoráveis.
É também por esta razão que os petistas transformam sua propaganda eleitoral no mais puro terrorismo. É o medo de quem não aceita o saudável preceito da alternância de poder, o medo da mudança que o cidadão brasileiro quer e vai ter.
Para o petismo, a revelação de que o partido surrupia o dinheiro dos brasileiros presta-se a "manipular a eleição". Nada disso: é mais uma informação fundamental para que a população diga que não admite mais isso, que não se curva ao terror e dará um basta a este estado de descalabro quando voltar às urnas no fim da semana que vem.
(Carta de Formulação e Mobilização Política Quarta-feira, 15 de outubro de 2014. Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela)

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Paralelismo Político no Brasil


Barros Alves
 
            Introdução

O Brasil é uma democracia representativa onde os partidos políticos atuam livremente. De igual modo o sistema midiático se organiza de forma suficientemente estável e livre para permitir ao observador o permanente processo de interação entre os agentes políticos e os meios de comunicação, sobretudo no momento atual em que as forças político-partidárias que se digladiam em um cenário pré-eleitoral estabelecem seus mecanismos de convencimento do eleitor. Este breve artigo objetiva, destarte, responder à indagação se é possível dizer que a grande imprensa no Brasil assume sistematicamente posição política, mas, ao mesmo tempo, não pode ser considerada partidária, não pelo menos na forma de partidarismo prevista pelo conceito de paralelismo político. Fazemo-lo arrimado na teoria elaborada inicialmente por Seymour-Ure, com desdobramentos posteriores formulados por outros estudiosos do tema.

Conceito de paralelismo político

O conceito de paralelismo político, consoante o citado autor, constitui uma das principais dimensões para descrever a relação entre mídia e política nas sociedades ocidentais onde, evidentemente, o conceito de democracia difere substancialmente daquele adotado em sociedades orientais, algumas ainda subordinadas a governos tribais e, portanto, onde os meios de comunicação não dispõem das liberdades necessárias ao pleno exercício da liberdade de expressão. Esta, aliás, requisito sine qua non para o estabelecimento de uma análise de paralelismo político.
Historicamente o paralelismo político pode ser entendido como um fenômeno que surgiu a partir do século XIX com a consolidação de partidos políticos e, paralelamente, da imprensa. Daquele tempo a esta parte o processo de desenvolvimento da atividade política, em termos sociológicos, como um aspecto do desenvolvimento natural da sociedade tem caminhado pari passu com o desenvolvimento das tecnologias midiáticas, ensejando cada vez mais esse paralelismo objeto da teoria de Seymour-Ure.
Com efeito, após criticar duramente, a lacuna que identifica na área da mídia e comunicação em relação aos estudos de ciência política nas democracias modernas, Downing, reconhece com dois pensadores da área (Dewey e Lippmann) que “a mídia em geral oferece as oportunidades necessárias de informação e comunicação para que a deliberação efetiva aconteça.”        

Paralelismo no Brasil

            No Brasil os grandes veículos de comunicação assomam uma grande importância como elo entre o governo e a sociedade e sua atuação demonstra de forma inequívoca as preferências político-ideológicas dos grupos econômicos que os detêm. Este indicativo pode passar despercebido para as massas que seguem seu curso à reboque das deliberações de governo, quer sejam executivas ou parlamentares. Todavia, o jornalista Sérgio Murilo de Andrade assevera que a interação entre forças políticas com a sociedade em geral só se viabilizam “através dos meios de comunicação, especialmente os meios de comunicação de massa”. Por outro lado, ele lembra que é imprescindível

“a capacitação da sociedade brasileira para exercer essa função social tão fundamental que é a de conhecer os meios de comunicação, ver como funcionam, como se articulam para captar, para processar e para difundir as informações. Ou seja, é função do cidadão brasileiro, sim, se capacitar para conhecer a mídia”.

            O autor chama a atenção para o fato de que para cumprir este papel essencial à democracia, quais sejam os de fiscalizador das ações de governo e aqueles de informação à população, os órgãos de mídia adotam critérios diferentes (op. cit.  p. 33). O julgamento da correção dessa ação da mídia corre ao arbítrio dos lados em disputa permanente numa sociedade democrática, que é caracterizada pela pluralidade de opiniões. E um julgamento desse porte só pode ser parcial, uma vez que, por parte das pessoas numa sociedade politicamente livre, consoante observa Lippmann ao chamar a atenção para a sobrecarga de informações que chega aos cidadãos por parte dos homens que fazem os negócios públicos, constatando que

 “A quantidade de atenção disponível é muito pequena para qualquer esquema no qual se suponha que, depois de se dedicarem a ler publicações de todas as agências de inteligência, todos os cidadãos da nação se tornariam alertas, informados e desejosos de uma enorme quantidade de questões reais que nunca se encaixaram muito bem em princípio amplo algum.”

            De igual modo, numa sociedade cuja capacidade econômica e nível de escolaridade está abaixo do desejável, as informações que a ela chegam, sem desvincular o meio emissor do alinhamento político com este ou aquele grupo partidário, não conseguem influenciar de forma inalienável as vontades e desejos dos cidadãos, a não ser em camadas mais intelectualizadas da população. E ainda assim, esta mesma inteligentsia que forma opinião no seio da sociedade, mesmo sem vinculação direta com interesses dos veículos de comunicação, está submetida a mais das vezes a determinantes de natureza político-ideológica.
            Dois exemplos podem ser dados para arrimar a observação acima: 1) Em um determinado momento da história política brasileira, o Partido dos Trabalhadores alcançou os anseios da sociedade em razão do apoio das massas, gerado, sobretudo, pelos meios de comunicação que apontavam seu líder, um metalúrgico saído das camadas mais pobres da população, como um homem capaz de liderar as mudanças reivindicadas pelo povo. Era nítida a postura política dos principais conglomerados do País, cada um fazendo o jogo que lhe ditava o desejo. Pouco tempo depois de eleito viu-se – e esses mesmos meios de comunicação divulgaram à saciedade suas versões dos fatos – que a sociedade brasileira tinha comprado gato por lebre, segundo as denúncias publicadas pelas grandes redes de mídia. Era o caso escabroso do Mensalão. Paradoxalmente à grita por ética na política não consumada com a ascensão do PT ao poder, a sociedade reconduziu o partido ao comando da nação.
2) O segundo exemplo diz respeito à parcela intelectualizada da população, especialmente os intelectuais da Academia que ajudaram o PT a chegar ao poder, fazendo coro às reivindicações de rua por ética na política e avanços no atendimento às cobranças por mais cidadania, consoante as determinações da Constituição programática de 1988. Esses intelectuais ficaram silentes diante dos escândalos protagonizados pela cúpula petista no governo. Tal atitude forçou um seminário ocorrido na Universidade de São Paulo, subordinado exatamente ao tema, “O Silêncio dos Intelectuais.”
            Daquele tempo (2005) a esta parte apesar das acusações à mídia de ambos os lados, o Partido dos Trabalhadores continua no poder, não obstante as forças que o apoiam apontarem para os principais grupos comunicacionais do País (Rede Globo, jornal O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e, sobretudo, a Revista VEJA) como organismos partidarizados e antipetistas da mídia nacional.
            Por oportuno, vale salientar que se a esquerda brasileira no poder carimba a grande mídia como defensora de postulados ideológicos de direita, o discurso da direita, diametralmente oposto, aponta para a mídia com a mesma crítica. No Brasil, ao contrário de países como os EUA, ambas as baterias estão assestadas para a mídia numa sinalização evidente de que o autoritarismo e a antipatia política, de fato, são contra a liberdade de expressão. No caso norte-americano Downing (p. 78), recorre à história recente do País para observar que não cabe à esquerda fazer críticas à mídia, como, aliás, ocorre no Brasil lulo-petista:

“Durante as décadas de 1980 e 1990 nos Estados Unidos, a extrema direita organizada fez a grande jogada de denunciar a mídia estabelecida como púlpito da esquerda, de modo que seria um imenso erro se a esquerda simplesmente contribuísse para a cultura do ataque à mídia sem, ao mesmo tempo, fazer muito barulho para demonstrar ferrenha oposição ao projeto da direita radical de banir toda expressão de dissidência de seu lado esquerdo.”


            Conclusão

            No Brasil, como em grande parte dos países que compõem o quadro das democracias ocidentais, os veículos de mídia adotam posições claramente alinhadas com os lineamentos político-partidários que mais lhe são caros. Os motivos desta “fraternidade” podem ser os mais diversos, a merecer investigação profunda. Todavia, os mecanismos midiáticos que atuam na sociedade, os quais são objeto da teoria do paralelismo político, não podem olvidar o fato de que “Com as inovações de ontem e de hoje, mudarão os meios, mas permanecerá na mesma base pessoal a tarefa de informar-se e informar: para adquirir opinião e para influenciar a dos  demais. A mídia faz muito. Mas, nada substitui duas coisas: primeiro, o ato de ler continua a ser tarefa pessoal, indelegável; segundo, é igualmente pessoal o trabalho de convencer, apanágio de políticos e lobistas.”
            Daí a explicação da permanência no poder no Brasil de um contingente de políticos acusados dos mais escabrosos escândalos, os quais insistentemente denunciados pela mídia em todas as suas nuances, não conseguem sensibilizar o eleitorado para pô-los fora do alcance das urnas. Este papel, aliás, tem sido cumprido pelo poder Judiciário, ainda que de forma tênue e sob a acusação de está politizando o judiciário ou, em sentido contrário, judicializando a política. Por outro lado, isto significa dizer, portanto, que os organismos de mídia (TV, rádio, jornal, internet com seus sites blogs e demais redes sociais) cumprem seu papel de fiscalizar e denunciar de acordo com seu pensamento político-ideológico, ou seja, tomam partido ainda que não o explicitem. Mas, definitivamente não assumem o lugar de partidos políticos, não obstante a crise de representação que se abate sobre o sistema de democracia formal vigente entre nós ocidentais.
 
Bibliografia consultada

1.      Albuquerque, Afonso de. Paralelismo Político em Questão. In Revista COMPOLÍTICA - v. 2, n. 1, ed. jan-jun, 2012.
2.      Andrade, Sérgio Murilo in Cidadania, Mídia e Política - Relacionamento Sociedade Civil, Meios de Comunicação e Parlamento. Seminário Nacional Realizado pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, em 2006. Centro de Documentação e Informação - Edições Câmara, 2008.
3.      Downing, John D. H. Mídia Radical – Rebeldia nas Comunicações e Movimentos Sociais. Senac Ed., São Paulo, 2004
4.      Farhat, Saïd. O Fator Opinião Pública, como se lida com ele. T. A. Queiroz Editor, São Paulo, 1992.
5.      Lippmann, Walter. Opinião Pública. Editora Vozes, Petrópolis-RJ, 2008.





[1] Apud Albuquerque, Afonso de. Paralelismo Político em Questão. In Revista COMPOLÍTICA - v. 2, n. 1, ed. jan-jun, 2012.

[2] Downing, John D. H. Mídia Radical – Rebeldia nas Comunicações e Movimentos Sociais. Senac Ed., São Paulo, 2004, págs. 77-78
[3] Cidadania, Mídia e Política - Relacionamento Sociedade Civil, Meios de Comunicação e Parlamento. Seminário Nacional Realizado pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, em 2006. Centro de Documentação e Informação - Edições Câmara, 2008, pág. 32.
[4] Lippmann, Walter. Opinião Pública. Editora Vozes, Petrópolis-RJ, 2008, pág. 334.
[5] Confira: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/ciclo_de_conferencias_o_silencio_dos_intelectuais
[6] Farhat, Saïd. O Fator Opinião Pública, como se lida com ele. T. A. Queiroz Editor, São Paulo, 1992, pág. 176/177.

A AÇÃO CRIMINOSA DO MST

Hoje a presidente Dilma Roussef recebeu em Palácio algumas lideranças dos movimentos sociais, entre as quais o senhor João Paulo Stedile, um marginal da Política, líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), que deveria estar na Papuda junto com seus companheiros de caminhada, José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Este moço, arrimado na doutrina revolucionária marxista-leninista, estimula e incentiva a invasão de propriedades privadas, cometendo um crime contra cada um dos proprietários cujas terras invade; e contra toda a sociedade. O governo, que lhe dá apoio e guarida, é seu avalista irresponsável e tão criminoso quanto ele. A título de defender valores vitais da sociedade, o MST agride violentamente um dos direitos mais sagrados da pessoa humana, o direito à propriedade, sem a qual não produzirá e não viverá.

No caso das ações criminosas do MST vale lembrar o ensinamento da filósofa russo-americana Ayn Rand:  "Não pode haver compromisso entre o dono de uma propriedade e um ladrão; um 'compromisso' nesse caso é o reconhecimento do'direito' deste sobre a propriedade daquele. Que valor ou concessão o ladrão ofereceu em troca? Quando o princípio da concessão unilateral é aceito como base de um relacionamento, é apenas questão de tempo antes de o ladrão se apoderar de tudo". No caso, não se deve ter a mínima dúvida de que o MST é o ladrão, cujas ações são apoiadas desavergonhadamente pelo governo, exatamente aquele que deveria preservar um direito inalienável de uma sociedade livre e democrática.

Todavia, não admira que o governo lulo-comuno-petista quede silente diante de gente como João Paulo Stedile e seus sequazes que dirigem o movimento revolucionário MST. Esse governo quer e preconiza a abolição da propriedade privada, embora, por covardia e oportunismo,  não o explicite claramente diante da sociedade. Mais uma vez Ayn Rand tem sobrada razão quando ressalta que "Há dois violadores potenciais dos direitotre os humanos: os criminosos e o governo. A  grande realização dos Estados Unidos foi traçar a distinção entre os dois - proibindo ao segundo a versão legalizada das atividades dos primeiros."

No Brasil do governo lulo-comuno-petista as coisas ocorrem de modo contrário. O governo estimula ação nefasta dos criminosos liberticidas travestidos de defensores da sociedade

AS MENTIRAS QUE O PT CONTA


O PT quer que olhemos para o passado com lentes distorcidas para tentar nos impedir de ver com nitidez o que acontece no presente. Engana o cidadão com um monte de mentiras

A propaganda da candidata do PT no rádio e na televisão vem espalhando mentiras atrás de mentiras. É a clara demonstração de desespero de um governo que fracassou. Os petistas querem que olhemos para o passado com lentes distorcidas para tentar nos impedir de ver com nitidez o que acontece no presente.
A estratégia petista até tem sua razão de ser: depois de quatro anos de governo, a candidata à reeleição não tem realizações a mostrar. Pelo contrário. O país está hoje pior do que estava quando Dilma Rousseff assumiu a presidência da República. Em praticamente tudo, andamos para trás.
Como resposta, o PT apela a mistificações que conflitam com a história do país e afrontam o esforço de milhões de brasileiros, ao longo das últimas décadas, na construção de um Brasil melhor. Na mística petista, a história brasileira começou em 1º de janeiro de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do país. Os brasileiros sabem que não é assim.
Um dos alvos prediletos do PT é a situação da economia brasileira antes do governo Lula. Para eles, foram tempos de terra arrasada. A história, porém, registra, e o povo sabe, que foram anos de semeadura: o Brasil reencontrou ali, com Fernando Henrique, o caminho do desenvolvimento com justiça social. Lula e Dilma tiveram a sorte de vir depois; colheram o que o PSDB plantou.
O partido dos mensaleiros tenta reescrever a história. Quem está quebrando o Brasil é o governo Dilma. E isso está acontecendo hoje, dia após dia. É o governo atual quem ressuscitou a inflação - e ainda acha que os preços estão sob controle ou, quando não acha isso, sugere que o cidadão troque carne por ovo...
É o governo atual quem colocou o país em recessão. Há dois trimestres o PIB encolhe, algo que não acontecia desde 2009. Isso significa que o país está produzindo menos, gerando menos empregos aqui - só neste ano, até agora, são 220 mil empregos a menos em relação ao mesmo período do ano passado - e colocando em risco as conquistas sociais.
O Brasil não vai crescer quase nada neste ano, no pior resultado para um presidente desde o governo Fernando Collor, aliado do PT. O governo culpa a crise externa, a Copa do Mundo, a seca. Mas o problema está aqui dentro mesmo: não importa o parâmetro, com Dilma o país está ficando cada vez mais para trás.
É impossível que a candidata à reeleição não saiba disso. A estratégia de marketing do PT é clara: tentar ludibriar o cidadão, enganá-lo com um monte de mentiras. Os brasileiros sabem muito bem qual a situação do país. Por isso, não se deixam iludir e estão convictos de que a hora é de mudar o governo. (Fonte: http://itv.org.br/publicacoes/carta-de-formulacao/?utm_source=ITV&utm_campaign=b85c3bc8b1-TESTE_1_2014_05_31&utm_medium=email&utm_term=0_e2c5e8c11a-b85c3bc8b1-184907601)