segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

TRANSLENDÁRIO: AGRESSÃO E DESRESPEITO



Barros Alves

            Há um axioma popular que expressa uma verdade na qual subjaz a liberdade de expressão. Liberdade esta, aliás, que defendo com radicalidade. O ditado ao qual me refiro sentencia que quem diz o quer, ouve o que não quer.  Portanto, temos universalmente o direito de livre expressão assegurado pelo Direito Natural (só ao homem foi dada a capacidade da fala) e, no ordenamento jurídico brasileiro, positivado na Lex Magna. Minha observação vem a propósito da pretensão de determinados grupos minoritários se arvorarem em donos da verdade, de reivindicarem o direito de expressar suas ideias e manifestá-las da forma que bem entenderem. Todavia, esses mesmos grupos ao serem criticados, de imediato acoimam os críticos de serem preconceituosos e agressores. Como se preconceito fosse crime e revidar agressão fosse não configurasse legítimo direito de defesa.
            No ano passado um grupo de gays e simpatizantes que atua em Fortaleza, com patrocínio do dinheiro público saído dos cofres da falecida administração petista – segundo se noticiou à saciedade - produziu um tal de “Translendário” com imagens ousadas e provocativas, tentando impingir a setores desprevenidos da sociedade uma catrevagem da pior qualidade como objeto de cultura artística. Na verdade, tudo não passava de uma manifestação pornográfica fundamentada numa causa desvestida de conteúdo moral válido para os princípios que norteiam nossa sociedade. Tal iniciativa foi protagonizada por gente que confunde arte com excremento. Como sempre, lideranças petistas saíram em defesa da marmota. A deputada Rachel Marques foi à tribuna da Assembleia Legislativa ler carta formulada pela corrente denominada “Coletivo de Cultura do Partido dos Trabalhadores”, na qual se declara: “A cultura pode e deve ser entendida como campo de poder, onde se realizam enfrentamentos à discriminação e preconceito. (…) A liberdade de expressão é um princípio da Constituição, incorporado como regra do PT. (...). Solidarizamo-nos com Silvero Pereira, responsável pelo Translendário, no sentido da refutação a qualquer desqualificação de sua atuação artística”.
            Pois é escudado nesta liberdade de expressão tão defendida na teoria pelo lulo-comuno-petismo e assemelhados que venho levantar minha voz para dizer que o “Translendário” deste ano não passa de uma agressão gratuita ao pensamento e às crenças da grande maioria dos brasileiros. Ao tomar como tema de suas sujidades mentais o campo religioso, fazendo adaptações grotescas de símbolos sagrados do Cristianismo, os produtores do “Translendário” intentam uma provocação que merece reação rigorosa para que aprendam a respeitar as ideologias que vão além do seu comuno-ateismo barato. O tal “Translendário/2013”, ao usar imagens de igrejas, da cruz e do sagrado episódio da crucificação do Cristo, Senhor de todos os cristãos (católicos, evangélicos, além de muitos outros credos etc), com ser – repito – uma provocação desbragada que merece repúdio vigoroso, configura uma grandiosíssima contradição do discurso dos seus produtores, que cobram respeito às suas ideias e não respeitam as ideias alheias, posto que as imagens do tal “Translendário” que deixa um cheiro fétido no ar, somente reforça o preconceito que essa gente tem contra a religião, especialmente contra os cristãos.  

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