Em pronunciamento no segundo expediente da sessão de
quinta-feira (20/03), o deputado Júlio César Filho (PTN) comentou sobre
as investigações de suspeitas de fraudes na administração do ex-prefeito
de Maracanaú Roberto Pessoa.
O parlamentar leu algumas manchetes de jornais que informam que o atual vice-prefeito, acusado de chefiar fraudes, está foragido. Em outra manchete, lida pelo deputado, é divulgado que o atual secretário de saúde, Ciro Gomes, advertiu que havia uma “quadrilha atuando e roubando em Maracanaú”.
Júlio César Filho ressaltou que as acusações são relacionadas à gestão anterior, do prefeito Roberto Pessoa, e sugeriu ao atual prefeito, Firmo Camurça, que todos os acusados sejam destituídos de seus cargos e que sejam suspensos os pagamentos para as empresas que estão sendo investigadas.
De acordo com o deputado, uma das empresas envolvidas, R. Schuch Construções Ltda, pertence ao irmão do vice-prefeito. Ainda segundo Júlio César Filho, o irmão do vice-prefeito se divorciou de sua esposa para que ela assumisse a propriedade da empresa, facilitando assim a entrada em licitações.
Júlio César informou ainda que a única fonte de renda da empresa eram os contratos com a prefeitura e que, em menos de um ano, conseguiu contratos no valor de R$ 21 milhões com a administração municipal de Maracanaú, demonstrando que a empresa foi criada com o intuito de desviar os recursos.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) rebateu as acusações, informando que, desde o dia 18 de março, foi suspenso o pagamento para as empresas que estão sob investigação. A parlamentar informou também que foram realizadas oito mil licitações, e apena duas ou três estão sendo investigadas. Fernanda Pessoa questionou também como o atual secretário de saúde, Ciro Gomes, tinha acesso a essas denúncias e perguntou se foi a Kroll que passou essas informações para Ciro Gomes. Em 2013, o deputado federal Eudes Xavier (PT) acusou o secretário de estar espionando políticos e denunciou que a empresa americana Kroll teria sido contratada para investigar o ex-prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa.
O principal acusado, Carlos Bandeira, vice-prefeito e secretário de Infraestrutura de Maracanaú, já se entregou à Polícia.
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