quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

CULTO A UM FALSO DEUS

Barros Alves

O culto à personalidade não desabona nenhuma sociedade e o temos visto ser praticado ao longo do tempo nos mais diversos agrupamentos sociais. Todavia, quando este culto é dirigido de forma exagerada com características de fanatismo ele pode ser prejudicial à sociedade em face da ausência de discernimento causada exatamente pela falta de ponderação na observação das deficiências naturais do cultuado. Neste mister de se cultuar personalidades, política e religião se imiscuem, se entrelaçam, se confundem. Cá entre nós, basta um indivíduo se altear um pouco mais no contexto sócio-econômico e cultural e, de logo, surge a tendência em incensá-lo sem sequer um olhar mais perscrutador do caráter desse indivíduo.
Recentemente, as redes sociais alvoroçaram-se em face de uma desfeita de que teria sido alvo o conhecido compositor e escrevinhador Chico Buarque de Holanda, guru da pseudo-esquerda brasileira, propagandista da mais longa e cruel ditadura latino-americana, a ditadura dos Castros em Cuba; bem como defensor ardoroso da gatunagem que se institucionalizou sob o governo lulo-comuno-petista. Chico teria sido xingado publicamente por gente que pensa contrariamente a ele. Daí é que seus defensores, incluindo Lula, vieram a público defendê-lo, sempre exaltando seus méritos de intelectual e democrata.
Pra começo de conversa, democrata ele não é. Quem defende governos sabidamente autoritários, que tortura e prende adversários de idéias, como é o caso de Cuba, há cinqüenta anos sob uma ditadura onde impera a vontade de um homem, não tem moral alguma pra dizer que é democrata. Como intelectual, Chico é sem dúvida um inspirado compositor. No entanto é um cantor sofrível, um escritor medíocre e no terreno político um desastre, tão ruim quanto intelectuais colegas seus como Gabriel Garcia Márquez, Prêmio Nobel de Literatura, que passou a vida defendendo seu colega ditador Fidel Castro e tentando impingir ao mundo o discurso de que Cuba é uma democracia. Os ingênuos, ignorantes e desinformados acreditaram. Para desgraça da democracia!

Não esqueçamos que os alemães Martin Heidegger, luminar da filosofia moderna; Carl Schmitt, jurista de nomeada, eram nazistas. Como nazista era Ezra Pound, um poeta bem maior do que Chico Buarque, este um burguesinho nascido em berço de ouro, que encontrou no viés da propaganda de um socialismo guevariano que agrada sobretudo os saudosistas, um meio eficiente para ganhar muito dinheiro. Aliás, ao adquirir um apartamento fora do Brasil para descanso, trocou o Malecon de Havana pelos Champs Elisées de Paris. Um belo exemplo de comunista!

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