CULTO A UM FALSO DEUS
Barros Alves
O culto à personalidade não
desabona nenhuma sociedade e o temos visto ser praticado ao longo do tempo nos
mais diversos agrupamentos sociais. Todavia, quando este culto é dirigido de
forma exagerada com características de fanatismo ele pode ser prejudicial à
sociedade em face da ausência de discernimento causada exatamente pela falta de
ponderação na observação das deficiências naturais do cultuado. Neste mister de
se cultuar personalidades, política e religião se imiscuem, se entrelaçam, se
confundem. Cá entre nós, basta um indivíduo se altear um pouco mais no contexto
sócio-econômico e cultural e, de logo, surge a tendência em incensá-lo sem
sequer um olhar mais perscrutador do caráter desse indivíduo.
Recentemente, as redes sociais
alvoroçaram-se em face de uma desfeita de que teria sido alvo o conhecido
compositor e escrevinhador Chico Buarque de Holanda, guru da pseudo-esquerda
brasileira, propagandista da mais longa e cruel ditadura latino-americana, a
ditadura dos Castros em Cuba; bem como defensor ardoroso da gatunagem que se
institucionalizou sob o governo lulo-comuno-petista. Chico teria sido xingado
publicamente por gente que pensa contrariamente a ele. Daí é que seus
defensores, incluindo Lula, vieram a público defendê-lo, sempre exaltando seus
méritos de intelectual e democrata.
Pra começo de conversa, democrata
ele não é. Quem defende governos sabidamente autoritários, que tortura e prende
adversários de idéias, como é o caso de Cuba, há cinqüenta anos sob uma
ditadura onde impera a vontade de um homem, não tem moral alguma pra dizer que
é democrata. Como intelectual, Chico é sem dúvida um inspirado compositor. No
entanto é um cantor sofrível, um escritor medíocre e no terreno político um
desastre, tão ruim quanto intelectuais colegas seus como Gabriel Garcia
Márquez, Prêmio Nobel de Literatura, que passou a vida defendendo seu colega
ditador Fidel Castro e tentando impingir ao mundo o discurso de que Cuba é uma
democracia. Os ingênuos, ignorantes e desinformados acreditaram. Para desgraça
da democracia!
Não esqueçamos que os alemães Martin
Heidegger, luminar da filosofia moderna; Carl Schmitt, jurista de nomeada, eram
nazistas. Como nazista era Ezra Pound, um poeta bem maior do que Chico Buarque,
este um burguesinho nascido em berço de ouro, que encontrou no viés da
propaganda de um socialismo guevariano que agrada sobretudo os saudosistas, um meio
eficiente para ganhar muito dinheiro. Aliás, ao adquirir um apartamento fora do
Brasil para descanso, trocou o Malecon de Havana pelos Champs Elisées de Paris.
Um belo exemplo de comunista!
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