Barros Alves
A ninguém é
dado desconhecer que as feministas brasileiras são tão espalhafatosas quanto
hipócritas. As cearenses pertencem à mesma escola. Cavalgando um enviesado
discurso de direitos humanos que entre nós também não passa de uma distorção
marxistamente ideologizada da clássica ideia, essas senhoras agridem o direito
de crença daqueles de quem discordam, vilipendiam símbolos sacros como bem o
prova a famigerada “Marcha das Vadias”, intentam transformar excremento em arte
e quando lhes é proveitoso saem pelas ruas despidas batendo tambores em
excêntricas passeatas. Todavia, diante de um caso gravíssimo que agride não
apenas as mulheres, mas toda a sociedade e a própria raça humana, como é este
do bandido que se tornou prefeito no município cearense de Uruburetama, sob o
beneplácito de uma legenda comunista, o PCdoB; diante dos escabrosos fatos
protagonizados por esse indivíduo por todos os modos execrável, eis que a ação
das feministas esquerdistas não passa de notas tênues divulgadas acanhadamente
e só depois do estardalhaço feito por rede nacional de comunicação. Encantoado
pela opinião pública, o PCdoB decide, enfim, expulsá-lo de seus quadros. Por
que não o fez antes, se posam de rigorosos defensores da moralidade pública e
dos direitos humanos? Ao contrário, concederam legenda ao malandro abusador de
mulheres. Agora, partido expulsa o delinquente como se estivesse agindo com
eficiência moral e ética de insuspeitos paladinos da Justiça. Aliás, Ministério
Público, Policia e Judiciário, neste caso, pecaram todos mortalmente, posto que
o bandido agia ousada e impunemente há muitos anos. Sobre os comunistas, vale
lembrar neste momento, por pertinente, a declaração do Santo Padre, Papa Pio
XI: “A doutrina comunista é intrinsecamente má.” E já me vem à mente o conceito
literariamente expresso pelo romancista turco Orhan Pamuk em seu belíssimo romance
“Neve”, ao afirmar entre irônico e incisivo, que “Há dois tipos de comunistas:
os arrogantes, que entram na briga esperando transformar as pessoas em homens
bons e fazer a nação progredir; e os inocentes, que se engajam por acreditarem
na igualdade e na justiça. Os arrogantes são obcecados pelo poder; eles
imaginam pensar por todo o mundo; deles não pode sair nada de bom. Mas, e os
inocentes? O único mal que fazem é a si mesmos...” Entre a arrogância e a inocência
de comunistas e feministas, o silêncio covarde de uns e a hipocrisia de muitos,
é cevada a ousadia criminosa de gente como esse monstro de Uruburetama.
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