Barros
Alves
Conta-se que quando da realização da famosa
Conferência de Yalta, onde os chefes de Estado e de Governo Franklin Delano Roosevelt
(Estados Unidos), Joseph Stalin (então União Soviética), e o primeiro-ministro
inglês Winston Churchill, se reuniram para decidir o fim da II Guerra e a
repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste, o líder
estadunidense teria sugerido que se convidasse o Papa Pio XII para o encontro.
O arrogante comunista Stalin discordara observando: “Quantas divisões tem o
Papa?”. Ao que Roosevelt redarguira: “O poder do Papa vai além das armas,
porque seus exércitos são de natureza moral...” Anedota ou não, a verdade
reside no fato de que o Papado continua de pé, enquanto a União Soviética
diluiu-se na empáfia e na mediocridade de seus dirigentes ateus.
Todavia, ao que parece, os exércitos
morais do Papa estão periclitando diante da investida dos valores anticristãos
que infestam a sociedade pós-moderna, a qual navega ao sabor das adaptações
fáceis que a tornam fluida, inconsistente, como assevera o filósofo Zigmunt
Baumann com sua pertinente idéia de que vivemos numa “sociedade líquida”. O
Papa Francisco tem sido um colaborador entusiasmado da destruição dos ideais
que têm dado sustentação à Cristandade ao longo dos dois mil anos de
Cristianismo. Até parece que o Sumo Pontífice confunde a misericórdia de Deus
com a inclusão de pecadores que cometem inconfessáveis crimes no mesmo barco em
que navega a Igreja de Pedro.
Neste pé, cremos assistir razão ao Padre
Santiago Martin, biólogo e especialista em Teologia Moral, segundo quem a utilização
que está sendo feita do conceito de misericórdia é uma utilização absolutamente
demagógica. Portanto, falsa e daninha. O conceito de misericórdia mal
entendido, separado do conceito de Verdade, portanto separado do conceito de
amor, pode ser tremendamente nocivo, para a pessoa a quem supostamente se quer
beneficiar, inclusive.
Ao publicar a Carta Apostólica “Misericordia
et Misera” que autoriza de modo permanente os sacerdotes católicos a absolverem pessoas
envolvidas com a prática de aborto, tanto mulheres quanto médicos, o Papa
Francisco fragilizou seu exército moral e abriu as portas para o desatino de gente
sem compromisso com a vida,como é o caso do Ministro Luís Roberto Barroso, do STF,
e companheiros que, de logo, decidiram por descriminalizar o assassinato de
fetos com até três meses de formação.
Então se deve perdoar o aborto? Acredito que o papa, obviamente, quis assegurar o perdão, a absolvição espiritual e não política a quem comete o aborto.
ResponderExcluirCorrigindo: Então NÃO se deve perdoar o aborto?
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