Barros Alves
Por
primeiro, há que se ressaltar o fato insofismável para os que têm fé, que morte
para o cristão é apenas o recomeço da vida eterna. Então, paradoxalmente, morte
não é morte, mas vida. Daí por diante surge um mundo de especulações
filosófico-teológicas sem fim.
Diante
de tudo o que tenho visto em face da tragédia que vitimou a equipe do
Chapecoense e outras pessoas, especialmente na união solidária na dor de tantos
contrários, sobretudo torcedores de diferentes times que em outros momentos –
até de alegria – se entredevoram, veio-me à mente uma antiga ideia que me
estimula a escrever algo mais substancial sobre o assunto: Deus, o Onipotente,
o Onisciente, o Onividente, em especial O DEUS AMORÁVEL EM PLENITUDE, manifesta
sua justiça suprema muito mais na morte do que na vida.
Uns
nascem em berço de ouro; outros em paupérrimas choupanas; uns brancos, outros
pretos, dando azo a racismos inconcebíveis; uns nascem em perfeita sanidade,
enquanto outros vêm ao mundo e passam o resto de suas vidas submetidos aos mais
atrozes sofrimentos etc etc etc. A vida,
por mais bela e desejável, por mais necessária e da qual, em sã consciência,
dela não nos desfaçamos, ao contrário, queiramos gozá-la imensamente; esta vida
não nivela jamais o ser humano. É, em qualquer circunstância, um vale de
lágrimas.
A
morte, ao contrário, é o mais democrático fato da vida. Todos a receberão como
prêmio final. Na morte, por mais indesejável e misteriosa que seja, não há
diferença nem segregação. TODOS MORREM. Então, não é na vida, mas na morte que
Deus demonstra Seu PODER e Sua JUSTIÇA. Daí é que o ser humano deve ter sempre
presente a admoestação bíblica: TU ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS!
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