sábado, 3 de dezembro de 2016

DEUS DA VIDA, DEUS DA MORTE




Barros Alves
                Por primeiro, há que se ressaltar o fato insofismável para os que têm fé, que morte para o cristão é apenas o recomeço da vida eterna. Então, paradoxalmente, morte não é morte, mas vida. Daí por diante surge um mundo de especulações filosófico-teológicas sem fim.
                Diante de tudo o que tenho visto em face da tragédia que vitimou a equipe do Chapecoense e outras pessoas, especialmente na união solidária na dor de tantos contrários, sobretudo torcedores de diferentes times que em outros momentos – até de alegria – se entredevoram, veio-me à mente uma antiga ideia que me estimula a escrever algo mais substancial sobre o assunto: Deus, o Onipotente, o Onisciente, o Onividente, em especial O DEUS AMORÁVEL EM PLENITUDE, manifesta sua justiça suprema muito mais na morte do que na vida.
                Uns nascem em berço de ouro; outros em paupérrimas choupanas; uns brancos, outros pretos, dando azo a racismos inconcebíveis; uns nascem em perfeita sanidade, enquanto outros vêm ao mundo e passam o resto de suas vidas submetidos aos mais atrozes sofrimentos  etc etc etc. A vida, por mais bela e desejável, por mais necessária e da qual, em sã consciência, dela não nos desfaçamos, ao contrário, queiramos gozá-la imensamente; esta vida não nivela jamais o ser humano. É, em qualquer circunstância, um vale de lágrimas.
                A morte, ao contrário, é o mais democrático fato da vida. Todos a receberão como prêmio final. Na morte, por mais indesejável e misteriosa que seja, não há diferença nem segregação. TODOS MORREM. Então, não é na vida, mas na morte que Deus demonstra Seu PODER e Sua JUSTIÇA. Daí é que o ser humano deve ter sempre presente a admoestação bíblica: TU ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS!

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