Barros Alves
Para Lucinha, como se trovão fosse música
Jorra dos Céus nos dias de invernada
Cântaros d’água sobre o arvoredo,
Muito assustada e trêmula de medo
Ela em mim se aconchega apavorada.
Meu abraço seguro lhe concedo,
Enquanto fora troa a trovoada...
Palpita o coração da minha amada
Bem junto ao meu, seu abrigo e rochedo.
Chuva é bênção que enche rios, mares...
Sei ser a voz de Deus esse trovão
A ecoar em todos os lugares.
- Nada temas! Sossega o coração!
É certeza que o ribombar nos ares
É a voz de Deus que ecoa na amplidão!
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