segunda-feira, 1 de março de 2010

Morre o maior bibliófilo brasileiro







A partir da esq.: Dep. Adahil Barreto, Escritor José Mindlin, Eu e minha filha Natacha.


Foi sepultado ontem no cemitério israelita de São Paulo o empresário José Mindlin, um ícone da bibliofilia brasileira, dono de uma bilbioteca que ultrapassou os 40 mil volumes, 17 mil dos quais, - a Brasiliana - foram doados à Universidade de São Paulo, através do Instituto de Estudos Brasileiros-IEB.

José Mindlin dizia sofrer dessa "loucura mansa" de que são acometidos os bibliófilos e bibliômanos. "Uma pessoa inteiramente normal dificilmente faria uma biblioteca igual a esta que consegui fazer". A esposa, Dona Gita, o incentivou sobremodo, também ela uma aficcionado pelos livros. "Jamais entrei em casa com um livro escondido", disse Mindlin orgulhoso da mulher que desposou, informando que às vezes despendia recursos em valiosos livros, em detrimento da economia doméstica.

Mindlin afirmava que um dos seus maiores desejos era inocular o vírus da leitura nas pessoas, especialmente em crianças e jovens.

Dói saber que Mindlin passou 15 anos tentando doar um tesouro à Universidade de São Paulo sem que os trâmites burocráticos o ajudassem.

Eu tive o privilégio de estar com o Dr. José Minclin em outubro de 2007. Ao saber que ele estava em Fortaleza para compromissos agendados pela Associação dos Bibliófilos do Brasil, cujo presidente é o Escritor José Augusto Bezerra, de logo telefonei para literato conterrâneo. Naquele 25 de outubro de 2007, na condição de assessor do Deputado Adahil Barreto, havia articulado uma sessão especial em homenagem ao Dia do Livro Infantil. Solicitei ao Dr. José Augusto que levasse o Dr. José Mindlin à Assembleia Legislativa para que lhe prestássemos merecida homenagem. O pedido foi gentilmente atendido. E assim realizamos uma comovente homenagem ao maior amante dos livros na história do Brasil.

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