sábado, 9 de abril de 2011

Sobre voto distrital

O deputado Dedé Teixeira, a meu entender, não começou bem em sua estreia na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará, na condição de presidente da Subcomissão que trata da Reforma Política no Brasil. Ele desancou o voto distrital como um instrumento antidemocrático. Nada mais equivocado. Se o voto distrital, tanto o puro como o misto, não fosse democrático certamente não existiria em países como a França, a Alemanha, países escandinavos etc, exemplos de democracia para o mundo. Esses países adotaram o sistema de governo parlamentarista.O problema do Brasil reside em que estamos sob um sistema presidencialista de feição autoritária. O voto distrital, ao contrário da pregação de Dedé Teixeira, é próprio - diria intrínseco mesmo - ao sistema parlamentarista de governo, o mais democrático de todos na democracia representativa que praticamos.

Vale lembrar que sistemas de governo não mudam o mundo. Mas, o sistema presidencialista de governo tem sido um desastre. Só o adotam nações politicamente atrasadas. Com uma exceção, os Estados Unidos. E exceção não é regra. Todas as poderosas nações do mundo moderno, sob forma republicana ou monárquica de Estado, adotam o sistema parlamentarista de governo com VOTO DISTRITAL misto ou puro.

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