Barros Alves
Cansado segue o trem, comboio lento,
Levando Bastiões, Josés, Marias...
Ali, gestos repletos de alegrias,
Acolá, a tristeza de um lamento.
Percorrendo extensas ferrovias
Vai carregando o riso e o tormento,
O choro, às vezes o contentamento.
Segue engolindo a solidão dos dias...
Meu caro amigo, o trem é como a gente:
No peito e n’alma sentimentos vários
Que vão nos consumindo lentamente.
E em toda essa viagem inesquecida
Há belíssimos caminhos percorridos,
Mas, mil desilusões: eis nossa vida!
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