domingo, 28 de agosto de 2022

A IRRACIONALIDADE DOS COMUNISTAS

                                                                                        

Barros Alves

 Há um conhecido ditado atribuído aos suecos que, por pertinente, aqui transcrevo: “Ser comunista até os trinta anos é sinal de inteligência; depois dos trinta constitui pura burrice.” É certo que nos albores da juventude quando estamos plenos de energia e de vislumbres esperançosos de um mundo melhor, os chamamentos aventureirescos para mudarmos o “status quo” são como um canto de sereia diante do qual ficamos extasiados, grávidos de encantamento. A inexperiência e ingenuidade próprias do período adolescente são terreno fértil para a conquista empreendida pelos agentes ideológicos do marxismo, nessa quadra da vida. Porém, à proporção que vamos amadurecendo, na maioria das vezes e sobre a maioria das pessoas, brilha o sol do entendimento e do discernimento das coisas ao redor, aclarando encruzilhadas e apontando caminhos diferentes daqueles ditados pelos sonhares adolescentes. No caso da ação deletéria causada em face da cooptação exercida pela militância marxista, ontem como hoje, os processos são mais complexos para um  possível desvencilhamento dessa doutrina político-ideológica, a qual o Papa Pio XI dizia com acerto ser uma “doutrina intrinsecamente má.” Daí é que vemos muitos velhos militantes continuarem sua missão desagregadora da juventude, ainda que mesmo eles tenham tido inúmeras vertigens e um sem número de decepções e traições no próprio campo da esquerda. Algo de caráter demoníaco age nos corações e nas mentes dessas personalidades. Não há como pensar diferente, posto que a continuidade dessa ação militante em favor de ideologias malsãs e já sobejamente desmoralizadas por nefastas experiências de poder, não constitui algo racional.

Os comunistas recalcitrantes, empedernidos e incuráveis, – o marxismo é de fato uma doença psíquica –, como drogaditos são incapazes de buscar a cura por si mesmos. Pior: não aceitam qualquer sugestão de busca para uma possível cura do mal que os afeta. Pior ainda: têm uma capacidade enorme de transmitir o mal que lhes carcome as entranhas mentais, para os circunstantes, sobretudo se a esses falece um conhecimento mínimo dessa coisa que os devora e que, como dito pelo Papa, é “intrinsecamente má.” Certamente por isso é que o romancista Ariano Suassuna, cuja obra foi desavergonhadamente apropriada pelos ideólogos comunistas, que o transformaram em um dos seus sem que ele o fosse, afirmou certa feita: “Não sou marxista, nem acho que possamos colaborar com os marxistas, porque os próprios marxistas são sectários, duros, impiedosos, e só fazem se aproveitar dos moços, dos ingênuos e idealistas, para depois traí-los e esmagá-los.” (Cf. artigo “Gustavo Corção e Eu”, Revista Permanência, novembro de 1971).

De fato, os comunistas são o que pensam. Ou seja, intrinsecamente maus. Traidores por natureza. E há traídos que parecem sofrer de um prazer masoquista em permanecer defendendo esse vírus ideológico que contamina pessoas e  adoenta também agrupamentos humanos, sociedades, povos e nações. É o caso de personalidades como Trotsky, um dos baluartes da Revolução Bolchevique de 1917 que implantou o comunismo na Rússia. Trotsky foi assassinado com uma picareta enfiada na cabeça pelas mãos de Ramon Mercader, um agente comunista que fez o serviço a mando do ditador Joseph Stálin. O masoquista Trotsky, digo, o comunista Trotsky, que formulou as bases do Exército vermelho na nova ordem da Rússia de governo marxista-leninista, e que era um dos mais importantes intelectuais do movimento pseudo-proletário (os líderes revolucionários eram todos burgueses boas-vidas, ele inclusive), escreveu em tom de denúncia e de lamento e com jeito de justificativa da violência revolucionária que o destruiu depois: “A revolução em seu impulso podia ser cruel e brutal; porém era verídica. Proclamava alto todas as suas aspirações. A política de Stálin não é mais do que embuste. Assim se manifesta o seu espírito reacionário. A reação mente porque deve ocultar ao povo os seus verdadeiros fins. A reação instalada sob as bases de uma revolução proletária mente duplamente. Pode-se dizer, sem temor de exagerar, que o regime termidoriano de Stálin é o mais embusteiro que a História conhece. Há catorze anos o autor destas linhas é objeto principal das mentiras termidorianas.” (Cf. “Da Noruega ao México”, de Leon Trotsky, Editora Epasa, s. ind. de data, pág. 5).

Centenas de comunistas, filhos psicológicos do socialista Leopold von Sacher-Masoch, desfilam nos anais da história do comunismo internacional. Entre eles Rosa de Luxemburgo, Karl Kautsky, Victor Serge, Boris Souvarine, o poeta Vladimir Maiakovski, que se suicidou de desgosto e decepção com a revolução, segundo dizem; e Alexander Berkman, este, autor de um excelente livro intitulado “O Mito Bolchevique” e de vários panfletos que expressam a desilusão com o regime comunista, entre os quais o “A Tragédia Russa.” Com efeito, assiste razão ao escritor Julien Steinberg, quando constata que a eliminação de opositores sempre foi uma base prática para os comunistas, desde o momento em que assumiram o poder em 1917. E essa tem sido a regra de ouro do movimento comunista internacional: assaltar e roubar para fazer caixa para a revolução; trair e matar. No Brasil, inclusive. Lembrai-vos da Intentona Comunista de 1935 e do julgamento e execução sumária da jovem proletária e militante do Partido Comunista Brasileiro-PCB, Elza Fernandes, assassinato ordenado pelo Secretário Geral do Partidão, Luís Carlos Prestes.

Por final, remeto o leitor a parágrafo anterior no qual se lê as declarações de Trotsky em que ele afirma que a revolução “proclamava alto todas as suas aspirações.” Tal afirmação nos remete à ação propagandística da esquerda comunista, que atualmente se alastra por todo o Brasil, num exercício de guerra cultural sem precedentes em nossa história. Usando disfarces, rodeios ou tergiversações, de acordo com seus interesses circunstanciais, ou declarando sem titubear suas verdadeiras aspirações, líderes esquerdistas como os ex-presidiários Lula e Zé Dirceu, não deixam dúvida de que se ascenderem ao poder novamente, transformarão nossa nação num grande cemitério de opositores às suas ideias e convenções ditatoriais fundadas no marxismo. Eles têm demonstrado que são bons alunos dos mestres do marxismo, sobretudo do filósofo italiano Antônio Gramsci.

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