Leandro Gomes de Barros
Desde já previno aos parentes
Por acaso, se um dia eu falecer,
Fique tudo calado como um coco
Nem um “mal empregado” hão de dizer.
Ataúde, se alguém quiser fazer,
Não precisa de madeira delicada,
Eu prefiro as tábuas das vasilhas
Que se bota aguardente imaculada.
Ladainhas e ofícios isso eu não quero
Água benta no cadáver, nem um tico!
Antes quero uma freira ainda moça
Junto a mim cantando o mangerico.
No enterro também não quero frade
E cuidado não vá lá um “nova-seita”
A ordem de frei bode é conhecida
Onde vai a desgraça fica feita.
De responso e orações eu não preciso
Muita reza bota o defunto a pique
Se puderem, cavem minha sepultura
Num engenho onde tenha um alambique.
A mortalha que preciso levo mesmo
Esta roupa com que ando aqui vestido,
Uma garrafa de cana na algibeira
Quero mesmo chegar no céu roído.
E a criatividade, por onde anda? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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Tenho o costume de entrar no carro e ligar imediatamente o rádio. E o que
ouço? Músicas antigas dos decênios de 1950, 1960, 1970 e até 1980
regravadas por...
Há 9 anos
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