domingo, 13 de dezembro de 2009

Tarda, amor!











Ana Cristina Souto

Como uma sombra em silêncio
segues cada passo teu;
sinto o mistério do teu perfume
em cada vão momento meu.

Se não posso amar-te,
deixes que tua sombra me persigas
assim, me servirei do teu silêncio
acalentando meu coração outra vez.

Sabe, amor,
lembro dos sonhos que desfiz
à espera do preço por querer-te
tortura infinda...
que por ventura, eu escolhi.

Tarda , amor!
Mas voltes com a tua sombra
para me dar abrigo
e não me deixes acordar dessa quimera
e o sol se cobrirá de amarelo como o outono
desfolhando o passado de nós dois.

OBS: Belo o poema e bela a dona do poema!

Um comentário:

  1. Retrata um amor desencontrado...intenso... aquele que existe platonicamente... e que é abstrato tanto quanto é belo. Mas só esse tipo o é. Mais nenhum.

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