terça-feira, 20 de abril de 2010

O último constituinte


Juntamente com uma equipe do Memorial Deputado Pontes Neto, da Assembleia Legislativa do Ceará, estive visitando o ex-deputado Francisco de Assis de Arruda Furtado, o único constituinte de 1947. Ainda bem jovem, o advogado Arruda Furtado integrou o Parlamento cearense depois da redemocratização que se seguiu ao Estado Novo getulista. O encontro nos foi proporcionado pelo filho dele, Dr. Juvenal de Arruda Furtado.

Do encontro participaram os jornalistas Camilo Véras e Annelise Griese; Lúcia Uchoa, monitora do Memorial, o cinegrafista Pedro Paulo e o repórter fotográfico Leomar.

O anfitrião estava acompanhado de sua gentil senhora, Dona Antônia Walburga Araújo de Arruda Furtado; do filho, Dr. Juvenal; da neta,Marcela Maria Moreira Maia e da bisneta,Talita Maria Moreira Maia.

Na entrevista, que foi conduzida com proficiência pela Jornalista Annelise Griese e pelo Jornalista Camilo Véras, Dr. Arruda Furtado lembrou, sobretudo, os calorosos debates ocorridos entre as forças conservadoras, das quais era um dos principais representantes, e os parlamentares de esquerda. Partidário da ortodoxia romano-católica, Arruda Furtado continua retilineamente defendendo os mesmos postulados com que atuou no Parlamento cearense.

Ele é o autor da lei que permitiu a aposição do belo crucifixo com a imagem de Jesus Cristo no Plenário da Assembleia Legislativa. Ao ser questionado pelo comunista Pontes Neto, o jovem deputado Arruda Furtado argumentou: - A sociedade cearense é majoritariamente católica. Se você me trouxer um percentual relevante de cearenses muçulmanos, budistas ou de outros credos eu inserirei outros símbolos.

Não havendo retorno ao pedido. Ficou com justeza a imagem do Cristo.

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