Não absolvo os mortos. Tomo a frase por empréstimo ao poeta Jáder de Carvalho, um socialista igualmente o escritor português, Prêmio Nobel de Literatura - único para escritor de língua portuguesa - que faleceu hoje.
Deixo a tarefa de absolver Saramago para o Todo-poderoso a quem o stalinista renitente prestará contas das heresias que escreveu, olvidando o fato de que a inteligência e criatividade que tinha foi Deus quem lhe concedeu.
Mas, por outro lado, na condição de crítico literário e católico sou forçado a concordar com Tristão de Atahyde: "A verdadeira atitude religiosa exige do crítico, acima de tudo, o respeito pela verdade. Não a verdade revelada por Deus, pois esta nada tem com as qualidades ou defeitos da literatura a ser avaliada - mas a verdade revelada pela própria obra e por seu autor".
Saramago encantou o mundo com sua literatura. Eis uma verdade insofismável. Que Deus, em Sua infinita misericórdia, conceda-lhe perdão pela infidelidade e complacência que Saramago sempre teve com ditadores sanguinários como Stálin e Fidel Castro.
E a criatividade, por onde anda? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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Tenho o costume de entrar no carro e ligar imediatamente o rádio. E o que
ouço? Músicas antigas dos decênios de 1950, 1960, 1970 e até 1980
regravadas por...
Há 8 anos
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