Enquanto o inverno demora,
o Nordeste em combustão
clama, pede, grita e chora
por um pedaço de pão.
A mulher, talvez por ser
um pedacinho da gente,
jamais deveria ter
este gênio de serpente.
Em meu jazigo gravados,
Escritos em garrafais:
“Foi verdugo dos malvados
E terror dos maiorais”
Sou discípulo de Gregório
de Matos Guerra, o poeta
que não perdoou finório
sem deixar de ser esteta.
CONSEA de Missão Velha realiza Conferência de Segurança Alimentar
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Acontece na manhã desta quinta-feira (7) no auditório da SETAS (Secretaria
do Trabalho e Assistência Social) a I Conferência Municipal de Segurança
Alimen...
Há 10 anos
Pois bem, você me fez lembrar do poeta Manoel Xudu, pernambucano, com duas sextilhas que foram gravadas pela extinta banda "Cordel do fogo encantado", antológicas:
ResponderExcluirO Sabiá no sertão
quando canta me comove
passa três meses cantando
e sem cantar passa nove
porque tem a obrigação
de só cantar quando chove.
Outra:
Quando chove no sertão
O sol deita e a água rola
o sapo vomita espuma
onde o boi pisa se atola
e a fartura esconde o saco
que a fome pedia esmola.
Saudações cordelísticas,
Geraldo Sales
gdosales@gmail.com
twitter.com/GeraldoSales