sábado, 12 de agosto de 2017

JOCA, MEU PAI




Barros Alves

Um homem sem estudo, analfabeto,
Um simples lavrador em chão crestado,
Herói anônimo de um sertão malvado,
Meu pai foi sobretudo um homem reto.

Humilde sim, jamais acovardado!
Às vezes taciturno, circunspecto,
Em honradez ele era um ser completo,
Cumpriu sereno seu apostolado.

Cheio de fé e de sabedoria
Apontou-me os caminhos do infinito
E ensinou-me as lições que eu não sabia.

Era tanta a bondade que espargia!!!
Tenho certeza que era um ser bendito!
Se eu fosse Deus o ressuscitaria...

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