sexta-feira, 4 de agosto de 2017

NO MOSTEIRO DA SANTA CRUZ


Barros Alves

Bem no cimo da serra, enclausurada,
Batida pelos ventos da esperança,
Há uma ermida de fé e de bonança
Que nos conduz à divinal morada.


No silêncio da noite enluarada
Tento afastar-me dos ventos da procela,
Rezo contrito diante da capela
E me confesso a Deus que não sou nada...


Manhã cedo, no altar da capelinha,
Um Padre Nosso, uma Ave Maria
Na presença salvífica de Jesus.


E os sons da natureza em ladainha
São como a voz de Deus que se irradia
No mosteiro de paz da Santa Cruz!

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