Barros Alves
Basta-me o cheiro sertanejo da caatinga
quando o sol se insinua assim, devasso,
e vem roubar os olhares das meninas
que nos quintais pirateiam sonho e afagos.
Basta-me o pôr do sol, vermelhidão
de lábios carmesins em oferenda,
poema aceso, virgem flor agreste,
o cheiro das mulheres do sertão.
Basta-me o anoitecer de plenilúnio,
o olhar de Deus espreitando na amplidão,
as conversas matutas no terreiro
e os amores a medo sob estrelas.
Bastam-me madrugadas e cantares
e a musicalidade violeira.
Um verso, uma cachaça, um olhar furtivo,
Um beijo na morena mais brejeira.
E a criatividade, por onde anda? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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Tenho o costume de entrar no carro e ligar imediatamente o rádio. E o que
ouço? Músicas antigas dos decênios de 1950, 1960, 1970 e até 1980
regravadas por...
Há 9 anos
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