sábado, 17 de julho de 2010

As tagédias e o Estatuto

Constitui motivo para profunda reflexão e não apenas preocupação, a notícia de que um garoto de 12 anos foi morto ao tentar praticar assalto, na cidade de Ubajara-Ceará, na companhia de dois irmãos também menores de idade.

Está mais do que evidente o rápido avanço do declínio dos valores morais e éticos da sociedade. Nós estamos abdicando da educação de nossas crianças. O paradoxal é que a mesma sociedade que chora e se lamenta em face de tragédias como esta de Ubajara - mais uma entre tantas - sequer se dá conta de que seus líderes estão contribuindo claramente para a ampliação da desgraça e do desmantelo. Tal é o caso das modificações que serão feitas a pedido do governo Lula no Estatuto da Criança e do Adolescente. Se aprovadas, o Estado punirá os pais que disciplinarem seus filhos. O que se deve esperar de uma sociedade onde a família não é dona de si? Uma nação onde os pais não podem disciplinar seus filhos é, indubitavelmente, uma nação sem futuro. Só resta chorar o leite derramado.

E não esqueçamos que as muitas tragédias envolvendo adolescentes e até crianças, a cometerem crimes os sanguinários, tem como fundo de estímulo esse famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente. São as perspectivas de impunidade que colocam esses inocentes nas mãos de marginais passados na casca do alho. O erro maior recai sobre os juristas e, antes, sobre os legisladores.

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