Li com atenção o artigo da Procuradora Luíza Nagib Eluf, publicado no FdeSP, edição de hoje, sobre a necessidade de que se instale uma democracia sem burca nos países islâmicos em que a revolta popular veio à tona. O artigo, no que pese sua propriedade, é maniqueísta.
Importa lembrar que a democracia nos moldes em que nós a conhecemos é uma invenção eminentemente ocidental. E não se pode olvidar jamais, num diálogo internacional a ser implementado com as nações árabes, o diálogo interreligioso, porque a religião, ou mais precisamente, o Islam, com toda sua carga histórica (autoritária, segundo os críticos que o detonam) é a base da sociedade e do sistema jurídico-institucional daquele mundo.
Detalhe: quando os EUA, o chicote do mundo como soe ser todo Império, tomaram as rédeas do Afganistão e liberaram as mulheres para que pudessem se desvencilhar da burca, milhares delas renegaram a decisão formal do governo pró-ocidente do eterno Primeiro Ministro Hamid Kazai, títere dos interesses norte-americanos em seu país.
Com o mundo islâmico nada vai se conseguir com a violência, porque disso eles entendem sobejamente. Não esqueçamos que para um muçulmano, o Profeta Maomé é santo porque foi guerreiro a defender o Império teocrático que criou. A recíproca é verdadeira.
Lei a íntegra do citado artigo: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2703201108.htm
E a criatividade, por onde anda? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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Tenho o costume de entrar no carro e ligar imediatamente o rádio. E o que
ouço? Músicas antigas dos decênios de 1950, 1960, 1970 e até 1980
regravadas por...
Há 9 anos
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