terça-feira, 22 de março de 2011

Rei morto, rei posto

Às vezes penso que a mídia não tem mesmo o que fazer. Obama, o presidente norte-americano, veio, viu e voou. Mas, os meios de comunicação ainda estão especulando o porquê de o ex-presidente Lula não ter ido ao almoço oficial domais podersoso chefe de Estado do mundo.

Eu, até aogra caladinho no meu canto, entro na onda.

Primeiro o presidente deu a desculpa esfarrada e simplória de que não iria ao almoço, porque estava comprometido com evento familiar: o batizado de um neto e o indefectível churrasco. Certamente movido a cachaça, o melhor da festa.

O PT faz questão de divulgar a versão de que o presidente não foi ao evento oficial porque não queria ofuscar o brilho da prsidente Dilma, como se Lula ainda fosse alguma coisa oficialmente e se Obama fosse tratá-lo com a diplomacia bajulatória com que o tratou em dias passados. Esta a versão que Lula gosta.

Agora a minha versão é a mais plausível, asseguro-lhes.

Lula não foi ao almoço com Obama, porque ele seria o menos visível. Primeiro, porque não sabendo falar inglês teria que ter um "sombra" ao seu lado, algo constrangedor, quando figuras como Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor conversam com os gringos de maneira fluente. Ademais, Obama, jungido pelo próprio cerimonial,sequer receberia Lula com a desenvoltura com que o fez em momentos anteriores, quando Lula era presidente.

Lula seria uma figura apagada em meio a tantas personalidades da international high politics. Por isso é que ele não foi.

Enfim, Lula é, de fato, o líder paroquial do sindicalismo brasileiro. Ser presidente da República foi, digamos, um acidente de percurso deste grande país, cuja maioria ainda vive deitada em berço esplêndido, à espera de bolsas-famílias.

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