Pinto do Monteiro era indubitavelmente um gênio do improviso. Mas, como todo cantador de viola, ainda que preto, mestiço ou mulato, também Severino Pinto tinha lá seus precoceitos com as pessoas de cor. E havia um quesito em que Pinto era igualzinho a mim, não suportava futebol. Somos brasileiros incomuns. Um certo dia o velho bardo do Monteiro vai cantar com um colega que era tarado por futebol. Época de Copa do Mundo e tome falação do dito cujo sobre futebol e suas grandes estrelas. Pinto já não mais aguentando aquele samba de uma nota só, improvisou com perfeição:
Não gosto de futebol,
Que é uma coisa sem fé,
Não acredito em Tostão
Nem Garricha nem Pelé,
Em coisa que negro é rei
Já tá dizendo o que é...
E a criatividade, por onde anda? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
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Tenho o costume de entrar no carro e ligar imediatamente o rádio. E o que
ouço? Músicas antigas dos decênios de 1950, 1960, 1970 e até 1980
regravadas por...
Há 9 anos
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