domingo, 11 de outubro de 2009

O misterioso livro de Jung


O misterioso ``Livro Vermelho``, do suíço Carl Jung (1875-1961), considerado uma das obras inéditas mais importantes da história da psicologia e conhecido apenas por alguns poucos amigos do psicólogo, foi exibido na quarta-feira (7) pela primeira vez em Nova York.
O livro escrito entre 1914 e 1930, considerado a principal fonte da obra de Jung, ficará em exibição até 25 de janeiro no Museu Rubin de Nova York, no bairro Chelsea, e especializado em artes do Himalaia.
O ``Livro Vermelho``, como era chamado pelo autor, consiste em uma viagem exploratória pelo inconsciente e nunca havia sido divulgado ao público fora do círculo de amigos a Jung.
No formato ofício com uma capa de couro vermelha, a obra, que tem como verdadeiro título -Liber Novus- (Livro Novo), tem 205 páginas escritas a mão por Jung e várias ilustrações que lembram os manuscritos com iluminuras medievais.
A exibição do livro coincide com a publicação em edição fac-símile bilíngue com tradução para o inglês pela editora W.W.Norton & Company.
Depois da morte de Jung, em 1961, o volume permaneceu em mãos de seus familiares, que se negaram a autorizar sua publicação e, inclusive, permitir o acesso a estudiosos, antes de finalmente concordar com sua divulgação.
Todos os psicólogos do mundo conheciam a existência desta obra do discípulo - e logo maior rival - de Sigmund Freud, mas apenas algumas pessoas tinha conseguido ter acesso a seu conteúdo.
O livro é produto de um método introspectivo desenvolvido por Jung e conhecido como ``imaginação ativa``. O autor reproduz o resultado da exploração interior mediante palavras e ilustrações.
Muitos dos desenhos pintados por Jung são figuras mitológicas e mandalas, ou seja, diagramas simbólicos circulares utilizados pelo hinduismo e budismo.
A partir do ``Livro Vermelho``, que, após amorte de Jung passou boa parte fechado num banco suíço, Jung desenvolveu a teoria dos arquétipos e do inconsciente coletivo.
Na exposição, o visitante vê como Jung traduziu sonhos e fantasias em símbolos e formas gráficas contemporâneas, incluindo os diagramas circulares tibetanos.(Jornal O POVO)

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