Na última sexta-feira, 09 de outubro, cantadores quase levavam uma peia na Vila Pery. O caso eu conto como o caso foi, como diria o comunista Paulo Cavalcante. Três cantadores, os poetas Francimar de Brito, Zé Eufrásio e Charles Gomes, se apresentavam numa residência daquele bairro. Com um modestíssimo equipamento de som (já por temerem represálias) os poetas se apresentavam brilhantemente, atendendo os pedidos e motes de pelo menos umas cinquenta pessoas que moram nas imediações quando foram bruscamente interrompidos por uma viatura do Ronda do Quarteirão.
Quando alguém da platéia lembrou que aquilo era um evento cultural e que a cultura merecia ser valorizada pelo poder público, o sargento responsável pela diligência avançou aos berros dizendo impropérios e ameaçando prender os cantadores e toda a platéia presente. Não se sabe quantas viagens seriam necessárias para levar todos os presentes à delegacia. Felizmente, os ânimos foram acalmados porque o dono da casa pediu aos convidados para se manterem calados, sem contestar o abuso de autoridade do policial.
Uma afronta, um abuso que a CULTURA POPULAR continua sofrendo em pleno século XXI. Enquanto isso a "Nação Forrozeira/Raparigueira" continua abusando da lei do silêncio, colocando suas músicas de mal gosto altas horas da madrugada sem sofrer qualquer incômodo por parte da política.
Ou seja, pelo visto, na Vila Pery, a ordem é prender cantador e deixar o bandido a solta.
E a criatividade, por onde anda? - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
-
Tenho o costume de entrar no carro e ligar imediatamente o rádio. E o que
ouço? Músicas antigas dos decênios de 1950, 1960, 1970 e até 1980
regravadas por...
Há 9 anos
È inacreditavel policiais fazerem uma coisa dessa com pessoas que nos traz alegria.É repugnante atitudes como essa.
ResponderExcluir