Patativa do Passaré
No pórtico da Bienal
SEJA BEM-VINDES, se lê.
BEM-VINDES ao quenguembal
Que dá certo com você.
BEM-VINDES, seu idiota!
Seu nome já está na lista
Da obtusa patota
Da cretinice esquerdista.
BEM-VINDES à Bienal!
Nunca vi coisa mais tola!
Coisa de gente anormal
Ou, por outra, de baitola.
BEM-VINDES à Bienal!
Quem tal inventou bem sei...
É norma gramatical
Ferida junto com a lei.
BEM-VINDES!!! BEM-VINDO não?!
Que neologismo chula!
Façam o “L” de LADRÃO
Que é sinônimo de LULA.
Essa tal neutra linguagem
Você sabe... Você viu...
É coisa de viadagem
Ou da puta que os pariu.
À tribo da boiolagem
BEM-VINDES TODES. Que tal?
Se tu és da viadagem
Corra para a Bienal.
Corra! Saia do armário,
Vá lá gastar seu dinheiro,
Gaste bem seu numerário
Como se gasta em puteiro.
SEJA BEM-VINDES, sem zanga.
Você já passou no crivo,
Leve grana, compre livro
Que ensina a soltar a franga.
Com esses não me misturo,
Tenho tato, tino e siso.
Bienal, te desconjuro!!!
Garanto que lá não piso.
Prefiro um templo de Meca
Ou locais de romaria,
Ou minha biblioteca
Templo de sabedoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário