segunda-feira, 7 de novembro de 2022

OS PAPAS E O COMUNISMO parte 7

                                                                                     

Barros Alves

Diante dos últimos acontecimentos políticos ocorridos no Brasil, em especial no período eleitoral que culminou com a eleição de um líder esquerdista para o comando da nação brasileira, mais atual e necessário se faz a insistência no resgate da Palavra dos Sumos Pontífices a respeito da maldade intrínseca contida na doutrina marxista. As orientações, admoestações e proibições que os Papas determinam para os católicos contêm definições e conceitos universais. É claro que aos não-católicos isto pouco ou nada quer dizer. Mas, causa espécie que muitos católicos, até sacerdotes e bispos, façam ouvidos de mercador às reiteradas pregações dos líderes maiores da Igreja Católica. Para além das divergências teológicas, mesmo para os cristãos de outras denominações, as diretrizes papais são bem acolhidas como uma luz para iluminar caminhos que possam desviar a todos do tenebroso abismo espiritual que constitui o socialismo/comunismo para qualquer comunidade humanidade. Sem esquecer que o exemplo conhecido das experiências político-administrativas onde o sistema socialista/comunista foram implantadas e redundaram em miséria para as nações, somente dão razão aos escritos pontifícios.

Lembremos que desde Pio IX, que governou a Igreja no limiar da ação dos partidários de Marx, em meados do século XIX, até os dias atuais, os papas, mesmo os mais complacentes com a ação nefanda dos comunistas, como foi o caso de João XXIII, jamais se abstiveram de tecer rigorosa condenação ao socialismo/comunismo/marxismo-leninismo ou que nome eufemístico se dê à doutrina política mais herética que se viu em toda a história da humanidade. Por oportuno, urge observar que dentro da própria Igreja esta doutrina demoníaca se apresenta com o pomposo nome de Teologia da Libertação. E no Brasil, como de resto na América Latina, goza de enorme influência eclesiástica, sobretudo nas Conferências Episcopais. Há mais de trinta anos a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB é comandada por bispos que adotam essa linha teológica já formalmente condenada pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, do Vaticano.

Seguindo os passos de seus antecessores, o Papa Pio XII, às voltas com doutrinas alienígenas e satânicas como nazismo de Hitler de um lado, e o comunismo de Stalin de outro, as quais ele condenou com veemência e coragem, dá bem uma ideia da gravidade dessa questão. Em 28 de junho de 1949, sob o Pontificado de Pio XII, a Congregação para a Doutrina da Fé emitiu um “Decreto Contra o Comunismo”, no qual define o seguinte: 1. O comunismo é, de fato, materialista e anticristão e, portanto, a nenhum cristão é permitido filiar-se a partido comunista ou favorecê-lo de alguma forma. Embora se declarem, às vezes, favoráveis à religião, na prática os comunistas a atacam pela dourina e pelas ações, sempre hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo; 2. O decreto interdita aos cristãos a leitura de todo e qualquer escrito que propagandeie a nefasta doutrina socialista/comunismo, desaconselhando também que cristãos escrevam na imprensa feita por comunistas; 3. Os fiéis cristãos que incorrerem nos erros definidos nos itens anteriores, de forma consciente e livre, não podem ser admitidos aos sacramentos, segundo os princípios ordinários que a recusa de sacramentos àqueles que agem em dissonância com o mandamento católico; 4. Os fiéis cristãos católicos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo e, sobretudo, os que a defendem e propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica.

Alguns católicos domingueiros, daqueles que jamais leram sequer um escrito papal ou documento da Igreja a respeito desses temas, dizem que a Igreja mudou depois do malfadado Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII com o objetivo de um “aggiornamento” entre a Igreja e a sociedade. Com efeito, a Igreja passou por grandes mudanças nos últimos a anos. Todavia, o Papa Paulo VI, que sucedeu a João XXIII e liderou as últimas sessões do Concílio, logo depois do encerramento daquele grande congresso ecumênico de bispos e religiosos, chamou a atenção de todos para os abusos que poderiam ocorrer em razão de interpretações desviantes dos documentos conciliares.

Lembre-se, por final, que o próprio Papa João XXIII, tão leniente com determinadas posições contrárias à doutrina da Igreja, em documento (Dubium) publicado no dia 13 de abril de 1959, ratificou o decreto de seu antecessor, o Papa Pio XII.

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