segunda-feira, 7 de novembro de 2022

OS PAPAS E O COMUNISMO parte 6

                                                                               


Barros Alves

            Nos textos anteriores discorremos sobre a ação pastoral dos pontífices da Igreja Católica Apostólica Romana, que preocupados com o seu imenso rebanho, tem admoestado a todos, em especial a padres e bispos, sobre as responsabilidades do cristão em face de ideologias estranhas, inquietantes, que pregam a desobediência à autoridade, a trama, a violência e a desagregação da família cristã. Desde os primórdios da doutrina criada pela mente doentia de Karl Marx e Friedrich Engels, disseminada pela Europa em meados do século XIX, os Papas a têm condenado com firmeza e veemência. Daquele tempo a esta parte, mercê da surdez e fraqueza de muitos católicos, em aliança com agentes comunistas travestidos de religiosos em escolas, universidades confessionais, seminários e mosteiros, essa “doutrina intrinsecamente má” tem sido introduzida sorrateiramente no seio da Igreja como uma “fumaça de satanás” e conduzido uma parte significativa do povo de Deus para abismos de indiferença religiosa e mesmo ateísmo disfarçado, que recebem abrigo numa tal Teologia da Libertação, a qual não passa de militância marxista no seio do Catolicismo.

            Pio XI, seguindo os passos de seus antecessores, que a partir de Pio IX, define como indigno de comunhão na Igreja todo aquele que se filia a partidos socialistas/comunistas; ou tem qualquer tipo de associação com esses detratores da fé cristã e disseminadores do mentira e do ódio na sociedade,  escreveu várias encíclicas e divulgou várias elocuções orientando os cristãos para se afastarem desse abismo de ilusão, que só tem criado a discórdia e a cizânia entre o povo de Deus. Exatamente porque é cerne doutrinal dos comunistas a abominação da majestade divina e da autoridade transcendente da Igreja. Na Encíclica “Quadragesimo Anno”, Pio XI comemora os quarenta anos de publicação da Encíclica “Rerum Novarum”, de Leão XIII, a qual significou um marco na discussão sociológica do capital e do trabalho, colocados de forma equivocada e maldosa pelos comunistas em oposição um ao outro. O Papa reafirma o pensamento de seu antecessor no sentido cristão da necessária harmonia entre o capital e o trabalho, evitando a todo o custo, a exacerbação de conflito desnecessário e provocado apenas artificialmente pela pregação marxista, em busca do poder pela violência revolucionária do proletariado.

Ao tempo em que condena com vigor o despotismo capitalista, protagonizado por alguns que mesmo se dizendo cristãos não seguem as doutrinas da solidariedade evangélica, Pio XI denuncia de forma clara a maldade dos comunistas, cuja pregação “ensina duas coisas e as procura realizar, não oculta ou solapadamente, mas à luz do dia, francamente e por todos os meios ainda os mais violentos: guerra de classes sem trégua nem quartel e completa destruição da propriedade particular. Na prossecução desses objetivos a tudo se atreve, nada respeita; uma vez no poder, é incrível e espantoso quão bárbaro e desumano se mostra”. E a desgraça socialista/comunista não se junge apenas às misérias causadas pela política econômica coletivista, mas pelo aspecto ético e moral imposto à sociedade, em que o governo pauta sua ação pelos métodos marxistas. O abandono da religião, a perseguição aos religiosos, a crueldade com que são tratados os cristãos pelos comunistas em todos os momentos da história em que assumiram o poder, devem sempre ser lembrados. Pio XI observa que essa gente ao ascender ao comando do Estado destina um “ódio declarado contra a santa Igreja; e contra o mesmo Deus demasiado o provam as monstruosidades sacrílegas que cometem e são bem conhecidas de todos.”

Com efeito, lembremos o que está a ocorrer agora mesmo na Nicarágua, cujo ditador Daniel Ortega chegou ao poder nos anos 1980 com o apoio de crentes da Igreja Batista e padres católicos partidários da Teologia da Libertação, entre os quais o famoso Ernesto Cardenal. Presentemente, o líder comunista nicaragüense, que deseja se perpetuar no poder, queima templos, persegue religiosos, encarcera e mata padres e bispos, contando para tal com apoio de admiradores e amigos como o brasileiro Luís Inácio Lula da Silva. Aliás, lembre-se que em debate televisivo entre os candidatos a presidente da República, tanto no primeiro como no segundo turno, o candidato petista reafirmou sua aliança com Daniel Ortega. E no debate ocorrido ontem, sexta-feira, 28/10, confirmou seu desiderato de apoiar as invasões de propriedades privadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, o mal afamado MST; e do criminoso Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST, ambos bandos de marginais foras-da-lei. Que o povo brasileiro fique bem atento para quem vai escolher nesse domingo para dirigir os destinos do Brasil. Os documentos da Igreja e as encíclicas papais dão o rumo. Nenhum cristão católico pode alegar desconhecimento da doutrina da Igreja a que pertence.

            Sabemos que diante de todas as evidências de maldades e misérias cometidas por líderes socialistas/comunistas contra seu próprio povo, ainda existe um séquito de pessoas que por desinformação, desleixo mental ou mesmo cumplicidade com esses criminosos, contribuem para sua ascensão. Não é de admirar. Como escreveu apropriadamente o pensador católico G. K. Chesterton, “o mundo do materialista é perfeitamente sólido e simples; como também o doido está perfeitamente convencido de que é normal. Os materialistas e os doidos nunca têm dúvidas.” Substitua o vocábulo materialista por socialista, comunista, petista ou lulista e o resultado será o mesmo.

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