sábado, 11 de outubro de 2025

Paradoxalidades - Por Barros Alves

Mesmo amado dos deuses sou proscrito,

Não tenho asas, porém sou ave alada,

Peregrino de vida iluminada,

Meu destino é de um Ismael precito.

 

O meu silêncio é também meu grito,

Minha ternura corta como espada, 

Mítica durindana que empunhada

Degola sonho, realidade e mito.

 

Sou crueldade e sou também ternura,

Sou o sol de verão, sou noite escura, 

Eu sou a guerra num conto de fada.

 

Se queres violência, sou candura!

Sou a ira de Deus, sou alma pura,

Eu sou o Tudo e também sou o Nada.


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