Barros Alves
Ele às vezes se vai, desaparece,
E deixa dentro em mim esse vazio,
Uma secura como em sol de estio,
Com uma sensação de quem fenece.
Isso me irrita, enerva e aborrece...
Inexpressivo olhar, coração frio,
Me sinto mesmo como um cão vadio
Que ao mais baixo degrau da vida desce.
Há lágrimas, clamores, sofrimento
Rondando ao meu redor. Quando Ele ausente
Foge o riso, morre o contentamento.
De repente, não mais que de repente,
Ele retorna. Mistério e Luzimento!
E tudo se repete novamente...
Fortaleza, 10 dezembro 2023
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