Barros Alves
Olhai os lírios dos campos,
Vestidos com perfeição.
Belos como pirilampos
Fazem inveja a Salomão.
E assim como os vaga-lumes
Que espargem luz natural,
Lírios exalam perfumes
Num mistério sem igual.
Vês também os passarinhos
Que não fazem plantação,
Porém, jamais em seus ninhos
Lhes faltou a provisão.
Do Provedor esquecido,
Só o homem no seu afã,
Vive um agora sofrido
Já pensando no amanhã.
Oh, quão infeliz engano
Tão próprio dos fariseus!
Não avança qualquer plano
Sem ter o dedo de Deus.
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