A um mendigo
Hoje eu senti a dor que abrasa os entes
Exposta em face exangue e mui sofrida;
Eu vi a dor que dilacera a vida,
Olhar de angústia, magras mãos trementes.
Vi de perto a miséria dos viventes
Sem pão, sem teto; alma combalida
A transportar a vida mal vivida
Dos desgraçados. Miseráveis gentes!
Acercou-se de mim. Pobre mendigo!
Mão estendida, triste olhar pedinte
Como se nem mais Deus lhe fosse ouvinte.
Desventura voz! Eu não consigo
Esquecê-la jamais. Voz que consome:
- Uma esmola, senhor, pois tenho fome...
Este e outro soneto de minha autoria foram publicados na Revista Badalo, órgão informativo do Grupo Chocalho, cujo presidente é o Poeta Auriberto Cavalcante. A edição, que apresenta trabalhos de vários poetas e escritores cearenses, é comemorativa dos 25 anos do grupo literário. Quem desejar adquirir a publicação é só entrar em contato com o Poeta Auriberto:
auribertocavalcante@ig.com.br ou
auribertovc@yahoo.com.br
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