sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Adísia Sá, o Halleluya e o Fortal


Sob o título "Silêncio aterrorizante" a jornalista Adísia Sá escreveu no Jornal O POVO, edição de 09.08 pp, o artigo que transcrevemos a seguir, cujo pensamento exposto recebe o nosso aplauso.

"Dois eventos ocorridos em Fortaleza no final das férias de julho trouxeram motivo para reflexão. O primeiro foi dos católicos, o Halleluya - com o comparecimento expressivo de famílias inteiras: esposos, pais, filhos. E, acima de tudo, de jovens. Cantando, orando – pelo que a Imprensa divulgou – em clima de euforia sem bebidas alcoólicas e músicas com letras de sentido pornográfico, chulo. Do outro lado, pelo que se viu na televisão, espetáculos de gente pulando, gritando, bebendo, com demonstração de carícias explicitamente eróticas, sensuais .. O que de comum têm os dois shows? A massiva presença de jovens. E aqui a minha reflexão: que linguagem usam – verbal e corporal - no cotidiano, os cearenses, personagens desse comentário? A minha constatação não é positiva, pelo contrário, no meu cotidiano convívio com os moços – indiferentemente de suas convicções ou práticas, religiosas ou não. São moços universitários e ou estudantes de escolas públicas ou privadas. E a minha conclusão é uma só: pobreza de linguagem. Diria mais: ausência de linguagem ou seja, falta de conversas, troca de ideias. O que ouço, quase sempre, é um “bodejar” ... grunhidos... falta de “mensagens” articuladas:“Ah... ui... tá... mora... falou...” Risos: nisto são pródigos. Á falta de conversas, sorrisos, risos, gargalhadas. Sorrisos, risos, gargalhadas debochativas, quase - quando não – aos gritos. E tudo acompanhado de gestos, não diria obscenos , mas com ênfase em genitálias. Puritanismo de uma “velha senhora”? Refletindo mais profundamento, reconheço que o principal motivo de sair do magistério (independentemente da aposentadoria, pois houve convite para continuar lecionando) foi a pobreza de linguagem... de conteúdo de alunos das novas turmas, tanto da Federal, como da Estadual. Falar com quem? Dizer o que, a quem? Espero que a minha preocupação encontre eco nos pais, nos professores, antes que só ouçamos as “músicas” e “letras”das bandas que cobrem o Brasil de ponta a ponta, encabrestando intelectual e emocionalmente os nossos jovens e crianças."

Um comentário:

  1. A imprensa diz o q quer, vc deveria ter ido ao Halleluya pra saber se as letras era de conteúdo chulo. [...]E, acima de tudo, de jovens. Cantando, orando – pelo que a Imprensa divulgou – em clima de euforia sem bebidas alcoólicas e músicas com letras de sentido pornográfico, chulo...

    Como alguém ora com um conteúdo desse?
    Preste mais atenção no que escreve.

    Ah, se outra pessoa ler esse comentário o outro evento de conteúdo pornográfico a que a pessoa acima se refere éo fortal.
    Axo que ela deveria revisar o que posta aki.

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