quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Geração de vagabundos

Um dia destes participei de uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Ceará e me insurgi contra esta história de criança e adolescente não trabalhar. Criança e adolescente, como de resto todo o ser humano, não pode sob hipótese alguma ser explorado. E no caso da criança e do adolescente, é claro que a prioridade é o estudo. Mas, no próprio processo epistemológico da educação infanto-juvenil deve estar presente, indubitavelmente, a fonte pedagógica do trabalho. Do jeito que estão querendo pôr a questão, daqui a pouco tempo teremos uma geração de vagabundos, formada sob o beneplácito do Estado e a demagogia de algumas lideranças políticas inconseqüentes, especialmente incrustadas nos partidos de esquerda. Ora, temos depoimentos de figuras preeminentes de nossa sociedade sobre a importância de haverem colocado os filhos cedo para uma aprendizagem profissional no trabalho, em empresas, escritórios etc. No meu caso pessoal, dou graças a Deus por meu pai ter me levado a partir dos 10 anos para acompanhá-lo no trabalho do roçado, nos sertões adustos do município de Cedro, onde passei minha infância e adolescência. Trabalhei desde tenra idade e isto me foi de grande valia. E ao tempo em que trabalhava, estudava. Hoje em dia, mercê de ativistas da malandragem, os nossos jovens são criados no bem-bom, sem responsabilidades, só vendo direitos para si. Então, dá que vemos aí em termos de vagabundagem e violência. Diz o velho ditado: cabeça vazia é oficina do diabo.

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