terça-feira, 11 de agosto de 2009

Voz alheia


“O capital, aliado da tecnologia, sabe como produzir um bom médico, um bom engenheiro, um bom automóvel. Mas não sabe produzir um poeta, um músico, um pintor. Se fosse assim, as escolas de Tóquio, dos Estados Unidos, da Alemanha e até de São Paulo e da Coréia estariam produzindo Homeros, Shakespeares, Dantes, Rembrandts, Bachs e Picassos. E não estão, não é? Os sociólogos, como ensina meu mestre Unamuno, são os sujeitos que não sabem nada, e quando sabem, sabem a posteriori. Os filósofos, os poetas, os artistas, como a própria arte, não são fruto da civilização industrial. São mesmo, de um modo geral, os marginais dessa civilização e desse tipo de progresso, desse poder de produção de riqueza. Honro-me de ser um marginal desse processo, como o foram Homero e Dante, Holderlin e van Gogh, Rimbaud e Baudelaire, os grandes filósofos e os grandes reitores do saber e do espírito.” (Gerardo Melo Mourão, poeta universal nascido nas Ipueiras)

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