segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Renan Canalheiros e Sarna Ney aprenderam com ele

Abdul-Hamid (1842/1917) foi um sultão da Turquia, que reinou de 1876 a 1909, ano em que foi deposto. Esse era um menino besta igualzinho os senadores Renan Calheiros e Zé Sarney. Sem tirar nem pôr.
Certa vez, tendo uma sociedade capitalista francesa solicitado de Abdul-Hamid determinada concessão, tratou naturalmente, de conquistar a boa vontade do soberano. Receosa, porém, de que uma oferta direta pudesse ofendê-lo, mandou encadernar quantidade bastante expressiva de notas de banco, dando ao livro assim formado uma capa onde se lia em bela gravação dourada: “História da França”, de Jacques Dupuy.
Em audiência concedida pelo sultão, os portadores do livro, entre muitos cumprimentos, disseram-lhe:
- Sire, sabendo o quanto amais nosso país, e gratos pelo apoio que ides dar à nossa empresa, atrevemo-nos presentear-vos com este livro de Dupuy, que trata da história de nossa pátria.
O sultão recebeu o livro, folheou-o, impassível, sem demonstrar a mínima surpresa diante do insólito recheio.
Então, respondeu:
- Muito vos agradeço, mas preciso fazer um reparo. Sei que a “História da França”, escrita por Jacques Dupuy, foi editada em dois volumes. E eu detesto as obras incompletas.
- Sire – foi a rápida resposta do chefe da empresa -, não trouxemos o segundo volume porque ainda está sendo impresso, mas bem depressa o tereis em mãos.
À saída, dizia ele a seus companheiros:
- Eis o que nos vai custar os conhecimentos culturais deste sultão. O espertalhão sabe mais sobre nossos autores do que nós próprios.

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